A informação consta do relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, que destaca que a inflação estava em junho de 2016, face ao mesmo mês do ano anterior, 22,19 pontos percentuais mais alta.
Neste relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC), Luanda apresentou aumentos, no espaço de um mês, nas classes "Bens e Serviços Diversos", com 5,95%, na "Saúde", com 4,56%, no "Vestuário e Calçado", com 3,95%, e nos "Transportes", com 3,48%.
No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo angolano prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, janeiro a dezembro) de 11%.
Desde praticamente setembro de 2014 que a inflação em Luanda não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de crude, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionalizar as vendas.
Luanda é considerada em estudos internacionais como uma das capitais mais caras do mundo.
Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) - o INE não divulga dados agregados para um ano para todo o país - registou uma variação de 3,13% entre maio e junho.
Além de Luanda (mais 3,27% face a maio), as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias de Cabinda (3,62%) e da Lunda Norte (3,50%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias de Benguela (2,95%), da Huíla (2,97%) e da Lunda Sul (3%).
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