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Sábado, 03 Janeiro 2015 07:48

Isabel dos Santos e accionistas da PT SGPS negoceiam alternativa à OPA

Há accionistas de referência da PT SGPS descontentes com o desfecho da oferta de aquisição de Isabel dos Santos e, por isso, falaram com a empresária para ser encontrada uma solução.

Isabel dos Santos e accionistas de referência da PT SGPS têm mantido contactos para encontrar uma alternativa ao falhanço da oferta pública de aquisição (OPA) que a empresária angolana lançou sobre aquela empresa. Existem duas hipóteses. A primeira é a de Isabel dos Santos comprar directamente as posições de accionistas de referência da PT SGPS. A segunda passa por uma entrada no capital da brasileira da Oi.

Caso alguma destas possibilidades avance, estes accionistas estarão mesmo na disposição de vetar a venda da PT Portugal à Altice que será posta à votação na assembleia geral da PT SGPS marcada para 12 de Janeiro. Para que esta transacção seja chumbada é necessário que um terço dos accionistas vote contra.

Estes accionistas de referência da PT SGPS revelaram junto da Terra Peregrin – a empresa criada por Isabel dos Santos para lançar a OPA – a sua insatisfação pelo desfecho da oferta e terão tomado a iniciativa de manifestar junto da empresária angolana o interesse em venderem as suas participações.

Esta disponbilidade está agora a ser avaliada pela Terra Peregrin que, contudo, descarta o cenário de lançamento de uma segunda OPA. Os referidos accionistas contestam o facto de não lhes ter sido dada a possibilidade de venderem as suas participações na OPA, até porque as acções da PT SGPS estão abaixo do valor oferecido por Isabel dos Santos. Na OPA, a Terra Peregrin oferecia 1,35 euros por cada acção da PT SGPS. Esta sexta-feira os títulos estão a valer 0,846 euros, uma queda de 2,08%.

Depois da retirada da OPA, a 23 de Dezembro, Isabel dos Santos criticou a administração da PT SGPS. "Interrogamo-nos sobre os interesses menos transparentes que levaram a administração da PT SGPS a opor-se à chegada da OPA ao mercado, incluindo a difusão de informação comprovadamente falsa", afirmou então fonte oficial da Terra Peregrin, numa declaração por escrito ao Negócios.

A 29 de Dezembro, a administração da PT SGPS respondeu à Terra Peregrin. A OPA tinha subjacente um conjunto de condições que dependia de terceiros "ou da vontade arbitrária da oferente, o que conferia que não se afigurava como uma verdadeira alternativa para os accionistas da PT SGPS". Acrescentando: "a OPA caiu porque não cumpria a legalidade".

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