"Em Angola, o risco de transferência de moeda externa declinou para Médio, de Médio-Alto, já que os preços do petróleo mais elevados significam que as falhas de moeda externa são menos agudas", lê-se no relatório deste trimestre sobre o risco político mundial.
Elaborado em conjunto com a consultora Continuum Economics, liderada pelo economista Nouriel Roubini, o relatório trimestral analisa os principais riscos dos países fora da zona euro e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
"As falhas de combustíveis ainda são severas em Angola, o oitavo maior exportador de petróleo do mundo, mas cujas reservas têm vindo a decrescer", lê-se na parte do documento que diz respeito a Angola, o único país lusófono mencionado no texto.
Apontando que a perspetiva de evolução do setor bancário "também melhorou desde que o novo governador do banco central começou a limpar os maus empréstimos", a AON escreve ainda que "a diversificação continua a ser o maior desafio" e salienta que "os riscos políticos continuam de nível Médio-Alto, com alguma instabilidade na região petrolífera de Cabinda, que é responsável por 60% da produção petrolífera e quer a independência.