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Segunda, 17 Dezembro 2018 12:37

Sonangol e BP assinam acordos para exploração e armazenamento de petróleo

A Sonangol e a BP assinaram hoje, em Luanda, dois acordos que vão permitir desenvolver o projecto Platina e estender a exploração de petróleo do Bloco 18, e um memorando para o início das discussões sobre financiamento e construção do terminal de armazenamento de refinados da Barra do Dande.

O acordo de extensão da licença de produção no projecto Grande Plutónio, no Bloco 18, até 2032, sujeito à aprovação do Governo, permitirá à Sonangol Pesquisa e Produção ter oito por cento de participação no referido bloco. Hoje, este bloco tem como accionistas a BP (operador) com 50 por cento e a Sonangol Sinopec Internacional Limited, também com 50 por cento.

O campo Platina, descoberto em 1999, localiza-se a uma profundidade de água de aproximadamente mil e 300 metros e será desenvolvido através de uma ligação submarina ao navio de produção, armazenamento e transbordo FPSO Grande Plutónio.

O projecto Platina será o primeiro novo desenvolvimento operado pela BP em Angola, desde o início da produção do projecto PSVM (Plutão, Saturno, Vénus e Marte) no Bloco, em 2013.

Com os acordos agora assinados, pelo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino e pelo presidente do grupo BP, Bob Dudley, abre-se caminho para que o investimento planeado para o desenvolvimento de Platina tenha lugar no segundo trimestre de 2019, enquanto a primeira produção está prevista para finais de 2021 e início de 2022.

A extensão da licença no bloco 18 permitirá a produção posterior a partir dos campos do Grande Plutónio, assim como a produção esperada a partir do Platina.

Num dos memorandos, as companhias concordaram em dar início discussões para actividades de exploração adicionais nos blocos 18 e 31 e explorar opções no bloco 18/15.

Quanto ao terminal de armazenamento da Barra do Dande, na província do Bengo, terá uma capacidade inicial de 641 mil e 500 metros cúbicos.

Em 2017, a produção média de produção do Grande Plutónio foi de 116 mil barris/dia (bruta), enquanto a média de produção líquida foi de 211 mil barris, contando já com a participação noutros blocos.

Hoje, a companhia está com uma produção diária de 164 mil barris, reflexo do declínio natural que se verifica em todos os campos em exploração em Angola. A produção do País está estimada em 1,5 milhões de barris/dia.

Com mais de 40 anos em Angola, a BP já realizou investimentos de mais de 30 mil milhões de dólares norte-americanos e o mercado angolano representa 10 por cento da sua produção global, daí o presidente do grupo, Bob Dudley, enfatizar que continuará a apostar no mercado angolano, sobretudo agora que há mais abertura das autoridades e melhoria do ambiente de negócios, fruto das mudanças operadas pelo Presidente da República, João Lourenço.

A este respeito, o presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, agradeceu a confiança da BP no mercado angolano e prometeu total cooperação, para o desenvolvimento de novos projectos.

O bloco 18 do “offshore” angolano, onde está localizado o projecto Grande Plutónio, abrange uma área de 5.000quilómetros quadrados, em profundidades que variam de 1.200 a 1.600 metros. Com cinco campos (Gálio, Crómio, Cobalto, Paládio e Plutónio), descobertos entre 1999 e 2001. O Grande Plutónio iniciou a sua produção em Outubro de 2007. Além de petróleo, fornece gás associado à fábrica Angola LNG no Soyo.

Além do Bloco 18, também é operadora do bloco 31 em águas profundas e ultra-profundas da bacia do Baixo Congo e detém participações nos blocos 15 e 17.

Tem participação no projecto Angola LNG no Soyo. Também tem licença para operadora nos blocos 19 e 24, e detém participações nos blocos 20 e 25 em águas profundas nas bacias do Kwanza e de Benguela.

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