A superioridade teórica se confirmou na prática. Senegal jogou muito melhor do que Egito, insistiu atrás do gol do título, mas não conseguiu mudar o placar de 0 a 0 na final da Copa Africana de Nações.
Então a definição do novo campeão do continente foi para os pênaltis. E nessa hora, qualidade técnica vê outros fatores ganharem importância, como concentração, desgaste físico e sorte. Ainda assim, prevaleceu a melhor seleção. Senegal venceu por 4 a 2 e conquistou a África pela primeira vez.
O pênalti do título foi convertido por Mané, que perdeu uma cobrança no tempo normal. O título é a consagração de uma geração talentosa que conta também com Mendy, eleito melhor goleiro do mundo em 2021, Koulibaly, zagueiro do Napoli, e Gueye, do Paris Saint-Germain.
A conquista também serve para sarar a ferida aberta com a perda do título em 2019, quando os senegaleses, também favoritos, perderam para a Argélia.
Gabaski foi o grande nome do jogo no tempo normal e na prorrogação. O goleiro do Egito fez grandes defesas, a começar com o pênalti que Mané cobrou logo no início do jogo, com apenas sete minutos do primeiro tempo.
Senegal passou a partida inteira com superioridade nas principais estatísticas do jogo (posse de bola, finalizações, percentual de passes certos). Mas não conseguiu o gol. O Egito seguiu a cartilha de sempre: time recuado, com as linhas baixas, e bola no ataque para Salah tirar um coelho da cartola e fazer o gol. Não aconteceu.
O duelo foi uma prévia do confronto que acontecerá também nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar. Senegal e Egito disputarão dois jogos. Quem se sair melhor vai ao Mundial. O cruzamento ameaça Salah, um dos melhores jogadores do mundo, de ficar fora da competição. G1