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Segunda, 19 Mai 2014 08:10

Mundial de Futebol envolvido em escândalos

O Mundial de Futebol que começa dia 12 de junho no Brasil será o mais caro de sempre. Os 12 estádios construídos ou remodelados custaram mais que os dos mundiais da África do Sul e da Alemanha juntos. 

As derrapagens chegaram a multiplicar os valores orçamentados por 2 e 3, e Brasília, onde não há uma equipa de futebol importante, passará a ter o segundo estádio mais caro do mundo. Por isso, os protestos organizam-se contra “esta Copa sem povo”. Dossier organizado por Luis Leiria.

Começamos com um levantamento do que se conhece até agora sobre os gastos milionários com os estádios “padrão Fifa”, num país onde os serviços públicos ainda são tão insuficientes. Copa das Copas ou Copa das Tropas, questiona Isabella Gonçalves Miranda, do Comité Popular dos Atingidos pela Copa – Belo Horizonte (COPAC), que recorda que a realização do megaevento desestruturou a vida de mais de 250.000 brasileiros.

“Eles estão a roubar-vos!”, adverte jornalista britânico Andrew Jennings, que avisa: os brasileiros estão a pagar por um Mundial que só trará lucro para a Fifa e patrocinadores. Até porque o Estado brasileiro isentou de impostos a FIFA e as empresas a ela associadas, deixando de arrecadar pelo menos 329 milhões de euros.

Ao mesmo tempo, a pressão para acabar a tempo as obras impõe jornadas extenuantes, de até 18 horas, e amplia o risco de acidentes. Já morreram nove operários.

Publicamos em seguida a carta “Que um grito de gol não abafe a nossa história”, aprovada no I Encontro dos/das Atingidos/as – Quem perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos. E num importante artigo polémico, Isabella Gonçalves Miranda discute Porque não abrir mão da crítica à Copa do Mundo.

Finalmente, recordamos as críticas de Ney Matogrosso, e relatamos como decorreu e o que aprovou o encontro dos Movimentos sociais que discutiu estratégias de mobilização.

Esquerda.pt

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