A situação económica de Angola e das famílias piorou nos últimos doze meses, sobretudo com o aumento do desemprego e dos preços dos bens e serviços, revela o indicador de confiança do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.
Ainda nas vestes de candidato à Presidência da República, João Lourenço manifestou o desejo de ser lembrado como o homem do milagre económico. Sete anos depois, e três para deixar o poder, tem no percurso inúmeros retrocessos.
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT) defendeu, hoje, em Luanda, que o Governo angolano deve encontrar um equilíbrio, com ajustes salariais, para fazer face à subida do custo de vida.
Analistas económicos e políticos em Luanda afirmam que o Governo angolano não está a dialogar com a sociedade e continua a tomar medidas económicas impopulares.
Se em Abril de 2022 o preço da cesta básica era quatro vezes superior ao mínimo dos salários mínimos, a alta da inflação do ano passado, provocada pela forte desvalorização cambial e pelo aumento da gasolina, fez disparar os preços para valores cada vez mais incomportáveis para a maioria da população.