Terça, 03 de Dezembro de 2024
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Sábado, 19 Outubro 2024 12:56

Classe política pede intervenção da PGR para desvendar denúncia do Presidente da República

No discurso sobre o Estado da Nação, que marcou a abertura do novo Ano Parlamentar, proferido na última terça-feira, 15, apesar de não ter citado nomes, o Presidente da República, João Lourenço, denunciou, publicamente, o envolvimento de alguns políticos nos crimes de vandalismo de bens públicos, e ainda o envolvimento de deputados nos crimes de contrabando de combustível.

Alguns representantes dos partidos políticos com assento parlamentar reagiram ao pronunciamento do Presidente da República sobre estas práticas criminosas que ultimamente têm sido apontadas de estarem a causar grandes prejuízos ao Estado, bem como à vida dos próprios cidadãos.

O deputado do grupo parlamentar do MPLA e vice-presidente da quarta Comissão da Assembleia Nacional, João Mpilamosi Domingos, considera que o Presidente da República advertiu todos os autores sociais a serem os principais dissuasores destas práticas.

O parlamentar acredita que haja, na cobertura de actos políticos de massa, oportunistas que enveredam pelo crime de vandalismo de bens públicos, acções que apela a todos a repudiar, independentemente da sua filiação partidária. Mpilamosi lembrou que o papel de um parlamentar é servir de exemplo e defensor da lei, e sublinhou que, independentemente da dificuldade que se esteja a passar, nenhum cidadão deve ser incentivado à prática de destruição ou furto de bens públicos.

“É importante que os partidos políticos sensibilizem os seus militantes, amigos e simpatizantes a não enveredar por este este tipo de prática. Trata-se de um crime bastante organizado, porque o valor patrimonial desses bens públicos são bastante altos, e esses valores não são destinados a quem está a passar dificuldades, porque quem passa fome precisa às vezes de dez mil kwanzas para sobreviver por dia, mas o crime organizado focado ao vandalismo de bens públicos movimenta milhões de kwanzas”, salientou.

No que respeita ao contrabando de combustível que o Presidente da República afirmou haver igualmente o envolvimento de políticos, parlamentares, bem como de outras entidades, o responsável acredita que o Ministério Público esteja já a fazer o seu devido trabalho. “Nós acreditamos que já esteja em sede da justiça, e devemos aqui respeitar o princípio de segredo da justiça, que, eventualmen- te, se o processo já esteja decorrer, ao seu tempo, nós saberemos quais são os parlamentares que estão envolvidos.

Qualquer que seja o par- lamentar, da oposição ou do par- tido no poder, deve ser punido de forma exemplar, porque o tráfico de combustível tem causado prejuízos enormes, principalmente à nossa economia. Mas, o maior perigo em tudo isso é saber onde é que vai esse combustível todo. Daí a necessidade de se impor regras e punir quem envereda por esse tipo de atitude”, apelou.

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Last modified on Sábado, 19 Outubro 2024 20:48