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Segunda, 08 Mai 2023 16:49

BPI pode vender participação do BFA em Angola num contexto de privatização

João Pedro Oliveira e Costa, CEO do Banco BPI, disse que admite vender os 48,1% do Banco de Fomento em Angola no contexto da privatização do banco angolano dos 51,9% detidos pelo Estado angolano, através da Unitel.

“Temos as hipóteses todas em aberto”, frisou o banqueiro que lembrou que o processo ainda está no início. “Temos feito vários contactos e mantemos os supervisores informados. Mas não temos ainda nada em concreto”, acrescentou.

O Governo angolano prevê privatizar, nos próximos três anos, 73 ativos e empresas, dos quais arrancam este ano os processos de privatização da ENSA, Unitel, TV Cabo e BFA, informou o secretário de Estado para Finanças e Tesouro.

O jornal Expansão de Angola noticiou que a Unitel e o Banco de Fomento de Angola (BFA) estão entre as 12 empresas em que o Estado vai alienar as suas participações por via da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), e cujo processo de alienação de participações deverá arrancar ainda este ano.

A participação do BPI no BFA é meramente financeira e por isso apodera-se dos lucros apenas pela via da distribuição dos dividendos do banco angolano.

O BPI obteve um resultado consolidado de 85 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma subida de 75% em comparação com os 49 milhões registados no período homólogo do ano anterior. A atividade em Portugal contribuiu com 73 milhões o que corresponde a um aumento de 164% relativamente ao primeiro trimestre de 2022 (28 milhões de euros). As participações no BFA e no moçambicano BCI tiveram um contributo de um milhão de euros (-95% face a março de 2022 porque “ainda não foram registados dividendos”) e 11 milhões para o resultado consolidado, respetivamente.

Sobre o Novobanco, João Pedro Oliveira e Costa repetiu que “nem o BPI, nem o CaixaBank estão a estudar o Novobanco, nem está nos planos comprar o Novobanco”.

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