Na sua intervenção, em sede de discussão do referido diploma, o deputado da oposição angolana disse que, subindo ou não o preço do barril de petróleo no mercado internacional as populações continuam na miséria.
Sampaio Mucanda, observou que quando o preço do barril de petróleo fica abaixo do previsto, o Chefe do Executivo manda rever OGE, mas quando fica acima, não se justifica o diferencial e a situação económica do País continua crítica como se não houvesse excedente, que habitualmente desaparece à luz da filosofia do cabrito come onde está amarrado.
"Infelizmente muitas obras que voltaram a constar neste OGE nunca terminam outras nunca arrancam, só para citar alguns exemplos:
As estradas Moçâmedes/Lucira/Benguela, Bibala/Lola, Bibala/Caitou/Camucuio, Baia das Pipas, que sempre constam nos OGEs até hoje as obras não foram concluídas", denunciou Deputado Mucanda.
Apontou ainda para a obra da estrada Moçâmedes/Virei que está paralisada, pois, o empreteiro recebeu uma parte do dinheiro que não foi suficiente para dar sequência da execução da mesma e o resto do dinheiro ficou com governantes candongueiros deste País.
Segundo ainda o deputado, a manutenção da estrada nacional Moçâmedes/Lubango vem sempre a constar nos OGEs, infelizmente até hoje as obras não arrancam, "aliás, até parece que o governo provincial ou central assinou um contracto com as populações locais para taparem os buracos em troca de pães colocando assim em risco suas vidas".
Este, conforme Mucanda é mais um orçamento utópico de um executivo incompetente de resolver os problemas básicos das populações, num país em suicídio do Estado democrático de direito onde o bureau político do MPLA e o seu presidente instrumentalizam o Tribunal Constitucional para perseguir e bloquear politicamente Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku.
"A nossa geração não deve falhar e é desta vez que o MPLA irá para oposição para aprender como se governa bem uma sociedade", apelou.
Fez igualmente saber que o Sul de Angola é rico em recursos hidrográficos, pois, tem rios permanentes e sazonais, que com políticas públicas pragmáticas viradas para a construção de barragens de retenção de água para desenvolver a agricultura, acabar-se-ia com o problema da fome, porque a política assistencialista do executivo apenas transforma o povo Sul de Angola em mendigo.
"Perante esta situação da fome na Região Sul concordo com a CEAST, que pede ao executivo que se decrete o estado de emergência no Sul de Angola, porque há pessoas a morrerem de fome e o executivo parece a encarar a situação de ânimo leve", disse.