Sarju Raikundalia era administrador da Sonangol e é suspeito de ter ordenado uma transferência para uma empresa controlada por Isabel dos Santos. Nega ter fugido e cometido qualquer crime. Está disponível para prestar esclarecimentos em Angola
Isabel dos Santos esteve, na quinta-feira, em Lisboa a tratar de procurações para conceder plenos poderes de representação aos seus advogados e deixou o país, num avião da TAP, à mesma hora a que os procuradores-gerais da República de Portugal e Angola terminavam uma reunião sobre o futuro que a espera.
Isabel dos Santos acusa Manuel Vicente de estar por detrás das denúncias do caso Luanda Leaks, para se vingar dos esquemas que ela encontrou na Sonagol, durante a sua gestão
Contratos foram assinados ainda em dezembro, pelo valor de dois milhões de euros. A empresa em causa, a Sonoran, tem ainda trabalhado com governos de vários estados com políticas repressivas.
Isabel dos Santos acusa Manuel Vicente de estar por detrás das denúncias do caso Luanda Leaks, para se vingar dos esquemas que ela encontrou na Sonagol, durante a sua gestão.
Isabel dos Santos voltou esta quinta-feira a negar as acusações de corrupção e desvio de fundos que lhe são atribuídas, afirmando que sempre operou dentro dos limites legais e que todas as transações foram aprovadas por advogados, bancos e reguladores. Esta nota surge um dia depois de a Procuradoria-Geral da República de Angola ter constituído a empresária como arguida.
"Está na hora de a cidadã retribuir tudo o que o Estado lhe proporcionou" e que lhe permitiu fazer "grandes negócios e tornar-se na mulher que é hoje", sugere Welwitschia (Tchizé) dos Santos, irmã da empresária angolana que foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos. "Pronto, mande dinheiro para Angola", afirmou a ex-deputada do MPLA.