Há mais de cinco anos que a confiança dos consumidores angolanos é negativa, uma situação agravada pelo desemprego e pelo desgaste das condições económicas do país. Consequentemente, mais de 70% das famílias estão sem planos para a aquisição de bens valiosos, como por exemplo, casa própria ou mesmo um transporte (carro), já como, como justificam, no actual contexto não é possível criar poupança.
No último trimestre de 2024, o Indicador de Confiança dos Consumidores (ICC) registou um aumento na degradação ao adicionar 9,3 pontos face ao mesmo período do ano anterior, fechando o exercício em -19,7 pontos. Comparativamente ao terceiro trimestre de 2024, a redução é mais ligeira (0,1 pontos).
Durante os quatro trimestres de 2024 a tendência de agravamento da confiança dos consumidores manteve-se, afundando mais 5,6 pontos até ao encerramento do exercício. Esteve muito distante do um dígito que alcançou no primeiro trimestre de 2022 (-8,4 pontos) depois de oito trimestres com níveis consideravelmente baixos. Em termos parciais, nos últimos cinco anos, os trimestres com níveis mais baixos de confiança são o terceiro e o quarto trimestres de 2020 com -21,4 e -19,9 pontos, respectivamente. O quarto de 2024 é o terceiro com a pontuação mais baixa no que diz respeito à confiança, seguido pelo trimestre antecedente com -19,6 pontos. VA