Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC-GERAL, Manuel Halaiwa, disse que a implicada, colocada na área do protocolo do Mirex, recebia passaportes e outros documentos, como registos criminais, certidões e outros para a autenticação por vias de canais próprios.
Durante a detenção, acrescentou, foram encontrados em posse da mesma 11 passaportes, sendo oito de cidadãos da República Democrática do Congo e três de angolanos, assim como um milhão de kwanzas e 700 dólares norte-americano.
Explicou que o montante é referente a pagamentos para a renovação de vistos de permanência em território angolano. Enquanto isso, a suposta criminosa recebia 35 mil kwanzas por cada documento reconhecido ou por validar pelo Mirex.
Na mesma ocasião, foi, de igual modo, apresentada uma outra cidadã nacional, de 34 anos de idade, por simular o seu sequestro para extorquir um milhão e 700 kwanzas ao próprio marido, juntamente com seis "comparsas", numa acção frustrada.
O porta voz do SIC explicou que o grupo integra um cidadão brasileiro e perpetrava o terceiro sequestro, depois dos dois últimos, em Dezembro de 2024, em que foram pagos, para o regaste da dissimulada vítima, mais de dois milhões de kwanzas.
"Inicialmente, no terceiro sequestro, foram pagos 600 mil kwanzas pelo resgate. Enquanto decorriam as negociações, a suposta enclausurada encontrava-se hospedada em um residencial", informou Manuel Halaiwa.
Durante acção, prossegiu, foram apreendidos seis telemóveis e uma viatura de marca Suzuki. E os criminosos, ora detidos, foram presentes ao Ministério Público para a aplicação de medidas de coação pessoal.