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Quinta, 11 Janeiro 2024 16:22

Angola recuperou mais de 100 mil armas de guerra da população civil desde 2008

Pelo menos 112.076 armas de guerra foram recuperadas desde 2008 pelas autoridades angolanas, no âmbito do Programa de Desarmamento da População Civil, tendo a maioria sido destruída por se encontrar em estado obsoleto, foi hoje anunciado.

“E destas armas recolhidas, 96.007 encontravam-se em estado obsoleto e inadequada para o uso nas forças armadas, tendo sido destruídas”, disse hoje o comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), o comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, quando presidia ao ato de substituição das armas de guerra em posse de empresas de segurança privada, em Luanda.

O oficial superior da PNA considerou que o processo, que se iniciou há 15 anos, partiu da necessidade de se travar a proliferação das armas de guerra, “tendo em conta o seu impacto negativo na segurança pública”.

Considerando que as empresas privadas de segurança e o sistema de autoproteção desempenham um papel fundamental no apoio às forças na garantia de segurança pública, “foi necessário regularizar o funcionamento das mesmas definindo-se, por lei, as armas orgânicas específicas para o exercício das suas atividades”, indicou.

Destacou, na intervenção, o surgimento, no mercado angolano, de nove empresas licenciadas para a importação e venda de armas de defesa em munições, referindo que estas “criaram os pressupostos necessários” para a substituição das armas de guerra em posse das empresas privadas de segurança.

O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), general do exército Altino dos Santos, também interveio, na ocasião, tendo reafirmado a disponibilidade e o envolvimento das FAA no desarmamento da população civil.

“Gostaria de reafirmar a total disponibilidade das FAA na continuação das ações conjuntas com a PNA, no âmbito da comissão, visando desarmar e responsabilizar civil e criminalmente todos os cidadãos que, apesar dos apelos das autoridades competentes, persistem na posse ilegal de armas de fogo ou na sua comercialização”, frisou.

O ato de substituição das armas de guerra em posse de empresas privadas de segurança e sistema de autoproteção e de devolução às FAA decorreu na Unidade de Reação e Patrulhamento do Comando Provincial de Luanda.

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