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Segunda, 01 Junho 2020 15:26

Pobreza em Angola incide sobretudo em agregados com mais de sete membros - INE

A pobreza aumenta cinco vezes mais em agregados com sete ou mais membros em Angola se comparado com famílias com uma ou duas pessoas, segundo o Relatório de Pobreza para Angola 2020 consultado hoje pela Lusa.

O Relatório de Pobreza para Angola 2020: Inquérito sobre Despesas e Receitas (IDR – 2018/2019), particularmente sobre a Pobreza Monetária, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano, aponta a composição do agregado como determinantes da pobreza.

Segundo o estudo, que diz que a incidência da pobreza em Angola é de 41%, a população a viver em agregados com maior número de crianças dependentes “são em geral, mais pobres”.

Os agregados familiares sem crianças dependentes são menos pobres (17%), enquanto os agregados com três ou mais crianças representam 48% dos pobres.

Em agregados com uma criança, observa-se no relatório, a incidência da pobreza é de 20,4%, ao passo que agregados com duas crianças apresentam incidência de 28,1%.

“A incidência da pobreza aumenta significativamente entre a população residente quanto maior for o número de membros no agregado, a pobreza aumenta cinco vezes mais em agregados com sete ou mais membros, comparado com agregados com um ou dois membros”, lê-se no relatório publicado pelo INE.

De acordo com o documento, a atividade e ocupação do chefe do agregado estão também associados à condição de pobreza e a pobreza é maior entre a população que vive em agregados cujo chefe está desempregado (43%).

Quanto à ocupação do chefe do agregado familiar, a incidência da pobreza é maior entre aqueles que trabalham por conta própria (51%) em relação aos que trabalham por conta de outrem, com 27%.

O estudo constata que entre os chefes assalariados, os que trabalham no setor público e privado “vivem situações de pobreza consideravelmente menores em comparação com os que trabalham por conta própria”.

A população cujo chefe do agregado trabalha com familiares representa 56% dos pobres, sublinha-se no estudo.

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