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Quinta, 26 Setembro 2019 22:32

João Lourenço considera legítima reivindicação de cidadãos

O Presidente da República, João Lourenço, reconheceu, em Nova Iorque (Estados Unidos) que "são legítimas as reclamações de alguns sectores da sociedade que não viram ainda concretizados as suas expectativas de vida" em dois anos assinalados hoje, desde que foi investido no cargo.

João Lourenço, que falava à imprensa angolana, afirmou que em dois anos não se fazem “milagres”. “O que não se fez em 44 anos, ninguém pode esperar que se faça em dois. Seria ingenuidade”, declarou o Chefe de Estado.

O Presidente da República defendeu uma "efectiva e proporcional punição" àqueles que cometem crimes de corrupção. João Lourenço afirmou que "não basta apregoar aos quatro ventos o combate à corrupção, é necessário a existência de uma efectiva e proporcional punição."

Falando sobre o segundo aniversário desde que foi investido no cargo, João Lourenço anunciou que vai apresentar, nos próximos dias, com factos e números, o balanço do que foram os dois anos de mandato.

O Presidente da República sublinhou que "é preciso não descurar que existe corrupção em todos os países do mundo." "O importante é que não haja impunidade, que aqueles que se aventurarem nestes caminhos tenham uma efectiva punição", disse o Presidente da República. E isso, segundo disse estar a constatar, é o que os órgãos de Justiça, felizmente, têm estado a fazer, no último ano. “Levar a julgamento os acusados de crimes de corrupção”, salientou, acrescentando que “o importante é que os actos de corrupção não fiquem impunes.”

No sector da Economia, o Presidente da República destacou a atenção que o Governo tem dado para impulsionar o crescimento do sector privado, retirando, de forma gradual, do Estado, a condução da economia, atribuindo esta tarefa aos homens de negócios, nacionais e estrangeiros.

“E isto não é apenas discurso”, salientou o Chefe de Estado. “Nós anunciámos, há relativamente pouco tempo, uma linha de financiamento de um banco europeu, num valor considerável de um mil milhão de dólares, para o sector privado nacional. Isto é um sinal muito claro do que nós esperamos do nosso sector privado. Pretendemos que ele cresça e ocupe o seu espaço”, sublinhou João Lourenço.

Tarefas para os próximos anos

Questionado sobre o que os angolanos podem esperar do Governo nos próximos três anos de mandato, João Lourenço disse que espera ver uma Angola melhor, sobretudo em termos de desempenho económico, uma maior participação do sector privado na diversificação dos produtos de exportação, que o país não dependa apenas do petróleo e dos diamantes e possa baixar as taxas de desemprego.

Quanto ao balanço dos três dias de intensa actividade em Nova Iorque, à margem da 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Chefe de Estado considerou positivo. Admitiu que sentiu uma grande sensibilidade da parte do presidente do Grupo Banco Mundial, Daniel Malpass, para apoiar o sector privado do país, indicando, como prova disso, a instalação em Angola, já no próximo mês de Outubro, do escritório do IFC, a maior instituição global de desenvolvimento focada exclusivamente no sector privado.

No encontro com o grupo de representantes dos grandes bancos e instituições financeiras dos Estados Unidos, o Presidente João Lourenço assegurou que a mensagem de abertura e transparência do mercado angolano foi bem recebida pelos investidores internacionais.

Salientou que a alta finança mundial deu garantias reais de apostar no mercado angolano, cujo Governo produziu legislação e está a promover um bom ambiente empresarial no país.

A mensagem de Angola para o mundo, salientou o Chefe de Estado, também foi ampliada, com entrevistas concedidas a importantes órgãos da imprensa internacional, nomeadamente ao norte-americano "Wall Street Journal" e à Euronews. 

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