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Quarta, 29 Mai 2019 13:57

Abel Chivukuvuku apela ao diálogo entre governo e família de Savimbi

O político angolano Abel Chivukuvuku apelou hoje ao diálogo entre o Governo e a família do líder fundador da UNITA para ultrapassar as divergências entre as partes sobre as exéquias fúnebres de Jonas Savimbi.

Abel Chivukuvuku, que foi um dos mais importantes dirigentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) até 2012, falava hoje em conferência de imprensa que serviu para esclarecimentos sobre o seu estado de saúde.

Segundo Abel Chivukuvuku, o papel do Presidente angolano, João Lourenço, neste processo das exéquias de Jonas Savimbi, morto em combate em 2002, "deve ser reconhecido e, em certa medida agradecido", por ter proporcionado a libertação depois de 17 anos de prisão mesmo já morto", do fundador da UNITA.

Para Abel Chivukuvuku, do ponto de vista processual, o papel das instituições do Estado é entregar os restos mortais à família, o que deve terminar por aí.

"Os atos subsequentes são um direito dos familiares, com o apoio da UNITA, de determinarem que natureza de cerimónias fazem e onde as fazem, isso é um direito da família e ninguém pode coartar isso", opinou.

Estas cerimónias fúnebres continuam agendadas para 01 de junho, apesar das divergências, nas últimas horas, entre o Governo angolano e a UNITA e a família de Savimbi, sobre o local da entrega dos restos mortais do histórico líder do partido do 'galo negro'.

Depois de sinais de que o processo "estava a correr bem, num momento de entendimento e reconciliação nacional", Abel Chivukuvuku defendeu que é necessário que "haja conversa, diálogo", pressupondo que o mais importante já está feito, com a entrega dos restos mortais aos familiares.

"O resto são atos que apenas devem pertencer aos familiares, por isso recomendamos o máximo de diálogo, serenidade e acertos", frisou.

Abel Chivuluvuku disse que tinha intenção em participar das exéquias, por reconhecer que é "produto de formação política da escola do Doutor Jonas Malheiro Savimbi" e "só o facto de estar ainda num quadro de recuperação" é que o impede de estar presente na cerimónia.

"A família, sobretudo os filhos, também pediram que gostariam que prestasse um depoimento durante as exéquias, todos conhecem qual foi a natureza da minha relação com Doutor Jonas Savimbi, mas tal não foi possível", acrescentou.

De acordo com o político, "o mais importante não é estar hoje nas exéquias", mas sim ser "o testemunho daquilo que ele acreditou".

"E trabalharmos para isso, porque é isso que vai vingar no futuro e não são as exéquias, que são um assunto pontual de um dia ou de um momento", referiu.

Depois de deixar a UNITA, Abel Chivukuvuku foi líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), terceira força polícia de Angola, até ser destituído do cargo em fevereiro passado.

Na conferência de imprensa de hoje, convocada para esclarecer a sua atual condição de saúde e afastar especulações que surgiram sobre o seu estado, Abel Chivukuvuku disse que na primeira quinzena de agosto haverá novidades em relação ao seu futuro político.

"Cada coisa no seu tempo, haverá o tempo para isso, a única coisa talvez que posso esclarecer: preparem-se para a primeira quinzena de agosto", disse o político, que rejeitou avançar mais pormenores.

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