A corrupção, tal qual chaga pestilenta, se não for atalhada a tempo, cresce, alastra, corrói, não há rezas, mezinhas, amuletos, que a curem, por isso, entre nós, quase se institucionalizou, já não espanta.
A 23 de Janeiro deste ano, Orlando Figueira, acusado de corrupção, declarou em tribunal: “Onde se lê Manuel Vicente na acusação, devia ler-se Carlos Silva.” Nesse dia, a acusação de que o ex-vice-presidente de Angola tinha corrompido o procurador português caiu por terra.
Na verdade pensei que nunca mais voltaria a escrever por esta via sobre este assunto, porém o desalinhamento nas constantes intervenções dos mais variados actores nos mais variados meios de comunicação, obriga-nos mais uma vez em sacrificar um pouco de mim e tecer algumas linhas com muita dor, em prol da Nação Angolana.