Segundo o porta-voz da corporação, Aristófanes dos Santos, que falava à Angop, a via ficou interdita por cerca de duas horas, obrigando a polícia a intervir para repor a ordem, antes de liberar o cortejo até ao cemitério da Santa Ana.
O subcomissário explicou que a CASA-CE solicitou, em carta dirigida ao Governo da Província de Luanda, que o cortejo fúnebre do seu militante fosse realizado à pé, até ao cemitério da Santa Ana, tendo as autoridades (Governo local) recusado tal solicitação.
Ainda assim, reforçou, os militantes decidiram faze-lo, pondo em causa a segurança e tranquilidade pública, sobretudo o tráfego rodoviário, “criando um grande alvoroço entre a área da rotunda da Praça da Independência até à Shoprite”.
No trajecto para a última morada do malogrado, disse, os militantes da CASA-CE faziam vários insultos à polícia.
Entretanto, por volta das 11horas, a direcção do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional encetou contacto com o presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, que também esteve no local, para que a situação fosse solucionada.
“Após a conversa mantida com os responsáveis da coligação e sob escolta da PN, o funeral foi finalmente feito com tranquilidade, em autocarros que já estavam alugados, pese embora as ameaças contra os jornalistas dos órgãos de comunicação social públicos”, declarou.
Segundo Aristófanes dos Santos, a Polícia Nacional recebeu instruções específicas do seu comandante-geral, Comissário-Geral Ambrósio de Lemos, para apenas conter as manifestações desordeiras e evitar ao máximo qualquer confronto com a população.
“A Polícia Nacional alerta, contudo, que não vai continuar a tolerar situações de desordem que coloquem em causa a ordem e a segurança interna”, disse o oficial comissário, sublinhando que não houve qualquer detenção ou dano substancial.
ANGOP