Quinta, 26 de Junho de 2025
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Terça, 29 Julho 2014 22:30

Governadora de Cabinda garante que novo porto será maior investimento de sempre

A governadora provincial de Cabinda Aldina da Lomba Catembo A governadora provincial de Cabinda Aldina da Lomba Catembo

A governadora provincial de Cabinda afirmou hoje que o novo porto de águas profundas, cuja primeira fase arranca em dezembro e está orçada em 445 milhões de euros, será o maior investimento já realizado naquela província angolana.

Aldina da Lomba Catembo sublinhou que se trata de uma obra que "vai tirar Cabinda do isolamento", tendo em conta a descontinuidade de cerca de 60 quilómetros do restante território angolano.

"O porto de águas profundas vai constituir para a província de Cabinda o maior investimento feito no período pré ou pós-independência [de Angola]", garantiu.

A construção desta infraestrutura marítima, na localidade de Caio Litoral, resulta de uma parceria público-privada e será concretizada em três fases.

Esta primeira fase já está a ser preparada, com a aquisição de terrenos, e consiste na construção das infraestruturas portuárias e implementação de uma área de serviços de carga de 100 hectares.

Deverá criar, segundo os promotores do investimento, cerca de 1.500 postos de trabalho.

"O porto de águas profundas vai trazer desenvolvimento a Cabinda. Além de contribuir para que mais rapidamente a matéria-prima chegue à província vai também ligar-nos ao resto do país, facilitar as trocas comerciais com outras províncias, pôr-nos mais perto do exterior", sublinhou Aldina da Lomba Catembo.

De acordo com o governo provincial, aquela infra-estrutura será rentabilizada através da exportação da produção local, nomeadamente madeira, café e produtos agrícolas.

"Esta situação [por ser um enclave] tem prejudicado o processo de industrialização da província porque os nossos produtores ficam sem possibilidade de escoarem os seus produtos", reconheceu a governadora.

Garante que o novo porto de águas profundas inverterá o isolamento de Cabinda, ao mesmo tempo que reforçará as ligações comerciais com os vizinhos da República Democrática do Congo e da República do Congo, que poderão utilizar aquela infraestrutura.

Segundo dados da empresa concessionária, que é responsável pela construção e pela futura exploração do porto, esta primeira fase envolve ainda a construção de um cais com 775 metros de cumprimento.

"Será um grande ganho para a província de Cabinda", assumiu Aldina da Lomba Catembo.

Lusa

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