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Sexta, 27 Março 2015 14:08

Cientistas conseguem “injetar” visão noturna nos olhos humano

Science for the Masses Science for the Masses

Uma equipe de bioquímicos norte-americanos descobriu como capacitar o olho humano com visão noturna, permitindo qualquer um ver a uma distância superior a 50 metros na total penumbra durante várias horas.

O segredo está numa substância natural chamada Chlorin e6 (Ce6), que está presente nas criaturas aquáticas e que há muito é usada para tratar câncer. Também se revelou útil para tratar cegos ou pessoas que sofrem de outros problemas de visão. Então, esté equipe da Califórnia decidiu aplicar estes conhecimentos para melhorar a visão humana à noite.

A ideia surgiu de uma patente de 2012, que consiste em injetar um composto de Ce6, insulina e sal no olho. A retina absorve esta mistura e a visão é optimizada.

A equipe reconheceu que há um longo caminho a percorrer, mas garantem que quando conseguirem tornar a técnica aplicável em larga escala, esta será uma técnica barata, embora as substâncias sejam caras, mas já foram rigorosamente testadas em humanos em diversos tratamentos.

O experimento precisa ser feito mais vezes e em testes científicos mais rigorosos, para ser considerado um sucesso. Para os cientistas que o realizaram, porém, já é possível dizer que ele funcionou.

“Mostramos que isso pode ser feito. Se conseguimos fazer isso em nossa garagem, outras pessoas podem fazer também”, afirma Jeffrey Tibbets, diretor médico do grupo.

Um dos pesquisadores do grupo serviu de cobaia para o experimento. Gabriel Lucina recebeu 50ml de Ce6 no seu saco conjuntival, uma bolsa que fica na parte inferior dos olhos. Essa estrutura carrega a substância química até a retina.

Após uma hora, o efeito começou a aparecer. Colocado em um campo escuro, Lucina inicialmente começou a reconhecer formas e símbolos que estavam a 10 metros de distância. Com o tempo, ele enxergou pessoas que estavam a 50 metros distância, entre algumas árvores.

Nos testes, Licina acertou o que era o objeto enxergado em 100% das vezes. O grupo de controle, que não recebeu o Ce6, acertou apenas um terço das vezes. A visão do cobaia voltou ao normal após 20 dias, sem efeitos colaterais mais graves.

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