O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, foi reeleito para mais um mandato, depois de uma campanha marcada por alegações de fraude e de favorecimento aos candidatos do governo. Segundo a comissão eleitoral, Mnangagwa obteve 52,6% dos votos, contra 44% do opositor Nelson Chamisa, que fez repetidas denúncias antes e depois da votação, que aconteceu na quarta-feira.
O Gabão bloqueou o acesso à internet durante as eleições realizadas no sábado, que provavelmente levarão o presidente Ali Bongo a prolongar o domínio de 56 anos que a sua família exerce sobre o poder político no país, um dos maiores produtores de petróleo da África Central.
O líder da oposição no Zimbabué, Nelson Chamisa, denunciou hoje "fraude" e "obstáculos óbvios" nas eleições presidenciais e legislativas, "um caso clássico de manipulação analógica que remonta à Idade da Pedra".
Uma intervenção militar no Níger para restabelecer o presidente eleito, Mohamed Bazoum, que foi derrubado por um golpe, seria considerada "uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali", indicaram os governos destes dois países em um comunicado conjunto nesta segunda-feira (31).
O diretor do Programa África no Instituto Real de Estudo Internacionais (Chatham House) considerou hoje à Lusa que o golpe de Estado no Níger tem implicações regionais e que para a Rússia é "uma oportunidade".