O líder da maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique é um pastor evangélico que passou pelos principais partidos de oposição, mas se rebelou para abrir uma "frente independente" contra a "máquina" que governa Moçambique há meio século.
Barricadas e pneus em chamas voltaram esta manhã às ruas de Maputo, com manifestantes a contestarem o processo envolvendo as eleições gerais de 09 de outubro e o povo a abrir caminho apenas para a passagem dos militares.
A responsável norte-americana para os assuntos africanos considerou hoje que os protestos pós-eleitorais em Moçambique são "uma mensagem" para qualquer governo do mundo, que devem estar atentos à vontade de mudança dos eleitores.
O centro de Maputo vive esta manhã momentos de caos, com dezenas de manifestantes a apedrejarem viaturas da polícia, entre ruas totalmente bloqueadas, depois de uma jovem ter sido atropelada por militares, quando protestava no centro da avenida Eduardo Mondlane.
O encontro convocado pelo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, com os quatro candidatos presidenciais às eleições gerais arrancou esta tarde, em Maputo, para discutir o momento pós-eleitoral, mas sem a presença de Venâncio Mondlane.