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Segunda, 03 Fevereiro 2014 20:39

Mandela deixa herança de 4,1 milhões de dólares

O ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela deixou parte da sua herança, avaliada em 4,1 milhões de dólares, para a viúva Graça Machel, os membros da família, escolas e o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder.

No dia em que um tribunal sul-africano divulgou o testamento de Nelson Mandela, advogados disseram que a esposa, a moçambicana Graça Machel, terá direito a metade dos bens, mas pode optar por receber apenas activos especificados, incluindo quatro propriedades em Moçambique.

Os direitos dos seus livros e outros projectos, bem como a sua residência na cidade sul-africana de Joanesburgo, Mthatha, no Cabo Oriental, que possui três dos museus de Nelson Mandela, e na aldeia de Qunu, onde passou a infância, ficarão para membros de confiança da família.

A casa em Houghton, em Joanesburgo, onde Mandela morreu a 5 de Dezembro, será utilizada pela família do seu falecido filho Makgatho Lewanika Mandela, um lugar que o antigo Presidente da África do Sul deseja que servisse "de encontro da família Mandela, a fim de manter a sua unidade por muito tempo" após a sua morte, indica o testamento.

O projecto Crianças de Mandela vão receber, cada uma, o correspondente a 300 mil dólares em empréstimo, durante toda a vida, e terá a dívida cancelada se não puder pagar.

Nelson Mandela atribuiu cerca de 4.500 dólares a cada um dos membros da equipa, à sua assistente particular de longa data, tida como "neta honorária" Zelda la Grange, e deixou também 90 mil dólares para o Instituto Mandela, pertencente à Universidade de Witwatersrand, onde estudou Direito, e a Escola de Direito Nelson Mandela, da Universidade Fort Hare, e a mesma quantia para três outras escolas.

O Congresso Nacional Africano, que Mandela levou à vitória nas primeiras eleições democráticas em 1994, irá receber uma parte dos seus direitos de autor.

O testamento foi escrito pela primeira vez em 2004 e alterado em 2008.

Mesmo antes da morte de Nelson Mandela, a família disputou a herança do ícone de luta contra o "apartheid", o regime de segregação racial.

Lusa

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