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Terça, 07 Novembro 2023 20:22

Frelimo foi "assaltada por um grupo minoritário", Graça Machel

A antiga primeira dama e ex-ministra da Educação, Graça Machel, afirmou numa carta que a Frelimo, partido no poder e a que ela pertence, foi "assaltada por um grupo minoritário".

Na carta, a também ativista social desafia o partido a "reconhecer honestamente as derrotas" e "pedir desculpas ao povo", e subscrever a realização urgente de uma reunião nacional de quadros para reflectir sobre a vida do partido.

A viúva do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel sublinhou ainda "a inércia, inação e complacência dos quadros [do partido] que permitiu que se gerasse e consolidasse a narrativa de que a Frelimo é formada por ladrões, assassinos e arrogantes".

Na qualidade de militante, Graça Machel diz subscrever a proposta defendida por alguns membros do partido de realização urgente de uma reunião nacional de quadros para uma reflexão, de forma aberta, da vida do partido.

"Eu sou membro do partido Frelimo por opção, consciência e convicção. Tal como eu, são milhões de membros, cerca de quatro milhões, com ou sem cartão, e atrevo-me a adicionar os simpatizantes, que comungam dos valores de liberdade, democracia, unidade nacional, paz, igualdade, solidariedade e justiça social, assentes nos Estatutos que regem a organização", diz a carta.

Graça Machel diz, no entanto, que nem todos os membros que compõem a máquina administrativa da Frelimo traíram o Partido, mas a influência da fracção, segundo ela, levou a que se perdesse o sentido de família, a ideia de que a Frelimo são todos os seus membros e de que a máquina de direcção, toda ela, serve os interesses da organização no seu todo.

E ela conclui: "Vamos sacudir a inércia, inacção e a complacência. Vamos assumir a nossa militância".

A Voz da América tentou obter uma reação da Frelimo mas sem sucesso, contudo o jornal O País, escreveu em seu site que o partido do governo considera a crítica de Graça Machel "é particular". VOA

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