O programa de formação tem um período de dois meses e foi lançado hoje, numa cerimónia em que os EUA também forneceram a Moçambique equipamento médico e de comunicação, referiu uma nota da embaixada norte-americana em Maputo, sem avançar detalhes sobre o apoio.
"Os Estados Unidos estão empenhados em apoiar Moçambique com uma abordagem multifacetada e holística para combater e prevenir a propagação do terrorismo e do extremismo violento", disse Richard Schmidt, vice-comandante do Comando de Operações Especiais dos EUA para África, citado no documento.
"A proteção civil, os direitos humanos, e o envolvimento da comunidade são centrais para a cooperação dos EUA e são fundamentais para combater eficazmente o Estado Islâmico em Moçambique", acrescenta-se na nota.
A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 670 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos.
A violência surgiu em 2017, algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico entre junho de 2019 e novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.