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Sexta, 07 Fevereiro 2020 21:47

Air Namíbia deixa espaço para TAAG impor-se

A suspensão, pela Air Namíbia, dos voos entre Windhoek e Luanda, a parir de domingo (dia 9), por alegada inviabilidade económica, é oportunidade sublime para a TAAG impor-se nessa rota regional, afirmou, hoje, em Luanda, o economista angolano Gilberto Segunda.

“Se por um lado a Air Namíbia deixará de oferecer serviços dessa natureza, abre-se claramente uma oportunidade para outras companhias, sobretudo a TAAG, explorarem e imporem-se no mercado namibiano, dependendo do modelo de gestão entre as concorrentes”, considerou.

Ao pronunciar-se à Angop sobre o assunto, o também empresário disse que diante deste facto, os prejuízos do ponto de vista económico são vários, principalmente quando se olha para o fluxo das transacções de bens e serviços proporcionados por esta rota.

A suspensão dos voos da companhia namibiana por tempo indeterminado, observou, afectará de certo modo a economia dos dois países na medida em que muitos agentes económicos encontrarão dificuldade de deslocação de uma forma rápida, cómoda e segura.

De acordo com Gilberto Segunda, isso levará consequentemente a uma diminuição directa na demanda e na oferta de certos bens e serviços proporcionados entre os dois Estados.

“(….) Particularmente, são muitos os angolanos que têm a cidade de Windhoek como destino preferencial para questões de saúde, educação e turismo, bem como para comércio nas suas mais diversas áreas”, expressou o economista.

Entretanto, argumentou o especialista, a suspensão da rota que liga estas duas capitais africanas via aérea, desde 1992, trará enormes constrangimentos, principalmente para quem usa fielmente os serviços desta companhia aérea.

Air Namíbia e ligação a Luanda

A companhia aérea da Namíbia iniciou a operar para a capital angolana, com dois voos semanais, em 1992, pouco depois da independência deste país a 20 de Março de 1990, do controlo da África do Sul. Em 2014 e 2015, período áureo, aumentou para sete frequências.

A rota Windhoek/Luanda foi, segundo dados da companhia estatal namibiana, a mais rentável pelo menos entre 2000 a 2015, tendo a realidade se alterado radicalmente, pelo que a empresa viu-se obrigada a suspender a ligação entre os dois países.

“Esta rota está a provocar perda de montantes elevados, pelo declínio da procura, daí a necessidade de suspendê-la por estar insustentável e não haver perspectivas de uma mudança razoável da situação num futuro próximo”, disse Xavier Masule, director em exercício da companhia.

Antes, em Junho e Outubro de 2019, a Air Namíbia havia suspendido os voos para Luanda divido às dificuldades financeiras que a impossibilitaram de cumprir com os compromissos assumidos com as oficinas da SAA, onde é feita a manutenção dos seus aviões para manter todas as rotas.

Esta operadora aeronáutica namibiana está a atravessar uma grave crise financeira, colocando em risco a manutenção da sua actividade, em análise pelo Governo namibiano. E, em função da cessação das viagens para Luanda, a TAAG assume a transportação dos seus passageiros.

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