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Sábado, 04 Abril 2020 00:06

Nota de esclarecimento sobre pedido de ajuda do governo para o combate à pandemia

A Comissão Intersectorial esclareceu que, quando emergiu a crise do Covid-19, vários cidadãos e empresas em Angola manifestaram, voluntariamente, o desejo de contribuir com o que estava ao seu alcance, desde dinheiro, medicamentos, bens alimentares e outros.

Nesse cenário, a Comissão entendeu ser correcto aceitar essa ajuda solidária da sociedade, indicando por isso mesmo um número de conta bancária para as contribuições em dinheiro.

Entretanto, a indicação do número de conta (pertencente à Direcção de Tesouro do Ministério das Finanças) e a posterior disseminação de uma SMS pelos utentes de telemóveis, criaram “a percepção errónea de que o Governo angolana estaria a cobrar dos cidadãos uma espécie de tributo ou imposto para suportar os encargos da luta contra o vírus mortífero”.

“Esclarece-se a opinião pública que decorrem de uma atitude absolutamente voluntária dos cidadãos e empresas a entrega à Comissão Interministerial de toda e qualquer forma de ajuda para o enfrentamento da Covid-19”, lê-se no comunicado.

Eleições autárquicas

Questionado se a luta contra a propagação da Covid-19 poderá pôr em causa a realização das primeiras eleições autárquicas, previstas para este ano, Pedro Sebastião sublinhou que, "até onde o Governo sabe, não há nada que possa atrapalhar, de momento, o calendário estabelecido, uma vez que o Executivo está a fazer a sua parte no sentido de que este prazo seja cumprido dentro daquilo que foi preconizado".

Sobre a eventualidade se estender o prazo do Estado de Emergência, o ministro de Estado disse que se houver essa necessidade não será necessário auscultar novamente o Conselho da República. "Se olhar para outras realidades, os governos, de uma forma geral, preconizavam 15 dias e aos poucos vamos vendo esse prazo a dilatar-se em função daquilo que vai acontecendo no terreno", observou Pedro Sebastião, que acrescentou: "oxalá que não tenhamos necessidade da extensão do prazo".

Durante a conferência de imprensa, o coordenador da Comissão Multissectorial de Gestão das Medidas contra a Expansão da Covid-19 explicou ainda que, com os parcos recursos humanos que a Polícia dispõe, não estava em condições de cobrir satisfatoriamente todo o território nacional, face a actual situação de luta contra a propagação do coronavírus.

Por isso, disse, foi necessário incrementar mais homens e reforçar alguns meios para que a ordem no país não se alterasse. "Daí que o Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas, Presidente da Republica, João Lourenço, ordenou que a Polícia fosse socorrida com mais alguns efectivos das Forças Armadas que fizeram-se acompanhar de alguns meios de passageiros do seu arsenal que contempla os transportadores de tropas na perspectiva de persuasão para que a população pudesse ter outra atitude, visão e sinais daquilo que efectivamente se estava a passar no país", esclareceu.

Em jeito de balanço, Pedro Sebastião informou ainda que 149 cidadãos estão a cumprir quarentena no Hotel Vitoria Gardem, em Luanda, 96 pessoas estão no Hotel do Infotur, na zona do Kilamba e 77 no Hotel Viana. Em quarentena domiciliar estão 818 pessoas, das quais 478 em Luanda.

Em todas as províncias estão criadas as condições para o acompanhamento e tratamento das situações locais, nomeadamente a criação de locais de quarentena institucional e a preparação de locais para isolamento e tratamento de casos testados positivos.

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