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Sexta, 29 Novembro 2019 10:52

João Lourenço rejeita relação da criminalidade com situação social

O Presidente do MPLA, João Lourenço, refutou hoje (sexta-feira) que a onda de criminalidade vivida em Luanda nos últimos dias tenha relação com a deterioração da situação social e ao desemprego.

“Com esta forma simplista de abordagem estaremos a justificar, senão mesmo a legitimar o recurso à violência por parte de quem atravessa, por vezes temporariamente, momentos difíceis da vida, o que acontece em todas as sociedade”, afirmou João Lourenço no seu discurso de abertura da II sessão ordinária do Comité Central do MPLA.

O líder partidário rejeitou a defesa do princípio de que "ser pobre ou desempregado se é, a partida, um potencial criminoso, um potencial assassino, porque pensar assim é injusto e discriminatório”.

Lembrou que todos os grandes homens do país, a começar por Agostinho Neto, que se destacaram em diferentes áreas de actividade, na política, nas diferentes profissões e áreas do saber, “nasceram e cresceram pobres e não se tornaram, por isso, delinquentes ou criminosos”.

“Antes pelo contrário, esta condição lhes deu mais força e determinação para lutar honradamente contra as adversidades da vida financeira”, vincou João Lourenço.

Reconheceu que Luanda conheceu, há semanas, uma onda de crimes violentos na via pública que culminaram, lamentavelmente, com a perda de vidas humanas de pacatos cidadãos, tendo merecido uma rigorosa condenação e repulsa por parte da sociedade.

“Esta situação está, felizmente, ultrapassada, porque as autoridades competentes tudo têm feito e continuarão a fazer no sentido de garantir a paz e segurança dos cidadãos na sua vida quotidiana”, garantiu.

Durante a sua intervenção, o líder do MPLA falou também da preparação das eleições autárquicas, tendo afirmado que o país está expectante com a possibilidade da sua realização em 2020.

Confirmou que “há vontade política da parte de todos os intervenientes, Executivo, partidos políticos, deputados, sociedade civil e eleitores”.

Contudo, em respeito ao Estado Democrático e de Direito, o líder político lembrou que só com o Pacote Legislativo Autárquico, a ser aprovado pela Assembleia Nacional, será possível a preparação, convocação e organização das eleições autárquicas.

Disse que parte deste pacote de propostas de leis elaborado pelo Executivo encontra-se já na casa das leis, considerando, porém, salutar “constatar que os partidos políticos, incluindo o nosso MPLA, vêm aquecendo já às suas máquinas para à corrida à conquista das autarquias, logo que seja dado o tiro de largada”.

 

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