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Quarta, 11 Setembro 2019 13:51

Realizações da juventude devem contar com empenho de todos - afirma PR

O Presidente angolano, João Lourenço, considerou hoje que muitos sonhos e aspirações da juventude "não dependem apenas das políticas do executivo", defendendo também "empenho individual ou coletivo" dos jovens para materialização das suas aspirações.

Falando hoje durante a cerimónia de posse do novo secretário de Estado da Juventude, Fernando Francisco João, o Presidente disse, no entanto, ser "gratificante trabalhar para essa franja da sociedade que, justamente, tem muitos sonhos e aspirações".

Em declarações aos jornalistas, Fernando Francisco João, que substitui no cargo Guilhermina Fundanga Alcaim, exonerada na terça-feira, prometeu empenho na implementação de políticas com impacto na melhoria das condições de vida dos jovens.

As mexidas na Secretaria de Estado da Juventude em Angola acontecem poucos dias depois da realização da Feira de Oportunidades de Emprego, Estágio e Formação Profissional (FOEEFP), na sexta-feira, marcada por um enorme afluxo de jovens à tenda principal, que resultou em pessoas deitadas ao chão, dezenas de currículos amassados, óculos partidos, peças de calçado e até manchas de sangue.

Com currículos nos braços e convictos em conseguirem pelo menos um lugar entre as mais de 100 oportunidades de emprego, formação profissional, estágios ou uma bolsa de estudos, a presença massiva de jovens surpreendeu a organização e o reduzido número de efetivos da polícia no local.

Os jovens angolanos desempregados questionaram então as políticas do Governo para a promoção do emprego, referindo que sua situação "é precária e dramática", desejando apenas oportunidades para apresentar as suas "habilidades e competências".

Em abril deste ano, o Presidente angolano aprovou em decreto o Plano de Ação para Promoção da Empregabilidade (PAPE), que disponibiliza 21 mil milhões de kuanzas (58,3 milhões de euros, na cotação da altura) para promover o emprego, que "deverão ser criados e absorvidos pelo setor produtivo da economia", para dar cumprimento à promessa feita em 2017.

De acordo com números recentes do Instituto Nacional de Estatística de Angola, mais de metade dos jovens angolanos está em situação de desemprego.

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