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Sexta, 04 Outubro 2019 17:04

Venda de activos da Sonangol na Enco levanta preocupações

Angola “deu tempo” para que as autoridades de São Tomé e Príncipe procurem soluções para as questões suscitadas pela venda da participação da Sonangol na Empresa Nacional de Combustíveis e Óleos (Enco), à petrolífera do arquipélago.

A ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe afirmou à Lusa, numa reunião com o secretário-executivo e embaixadores dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, que o seu Governo está a ponderar “uma série de saídas” para o problema da venda da participação angolana, prevista para 2021.

Elsa Pinto notou que, muitas vendas de participações das empresas públicas angolanas estão para acontecer este ano e que, “felizmente para São Tomé e Príncipe”, a venda da participação da Sonangol na Enco é para 2021.

Assim, acrescentou a governante, o seu país terá tempo, ou “foinos dado tempo, talvez, para pensar e considerar vários quadros e fazer várias simulações. E é o que estamos a fazer”.

O Primeiro-Ministro são-tomense já tinha manifestado, na última segunda-feira, preocupação face à decisão da Sonangol de vender as acções na Enco, mas garantiu que o seu Governo vai conseguir “adaptar-se à nova conjuntura”.

“Certamente vamos acompanhar com preocupação, são processos de soberania e vamo-nos adaptar”, disse Jorge Bom Jesus durante a visita a uma feira agropecuária organizada pelo Ministério da Agricultura Pescas e De-senvolvimento Rural daquele país, para assinalar o Dia das Nacionalizações.

A 20 de Setembro, a petrolífera Sonangol anunciou a alienação de activos no quadro do Programa de Privatizações (ProPriv), apontando desinvestimentos nas empresas participadas e activos da Sonangol a Cabo Verde - Sociedade e Investimentos e na Enco), onde a Sonangol era o accionista maioritário, com 76 por cento do capital social da empresa.

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