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Sexta, 19 Agosto 2016 12:59

Banda Maravilha e Kizua Gourgel nas olímpiadas do Rio 2016

É inacreditavel como os artistas que foram contratados pelo nosso Consulado no Rio de Janeiro  a deslocarem-se áquela cidade para abrilhantar alguns espectáculos no âmbito da participação angolana aos Jogos Olimpicos, foram tratados, ou melhor, as condições de estadia, etc que lhes foi reservada.

Deslocaram-se ao Rio de Janeiro, a Banda Maravilha e o seu grupo de bailarinas, e  os cantores  Don Caetano, Kizua Gourgel e Legalize. Infelizmente, embora já no aeroporto aqui em Luanda a embarcar para aquela cidade, o cantor Edy Tussa que também foi contratado para o mesmo fim, recebeu um telefonema duma das várias assistentes do Sr. Rosário Ceita, o Cônsul Geral, informando-o que já não era necessário viajar naquele âmbito. Por esse motivo perdeu também outros contratos que tinha prespectivado  –  não foi ao Brasil actuar, e acabou por ter perdido actuações aqui em Luanda.  

Foram igualmente convidados para proferirem “palestras” o ex-basquetebolista  Zé Carlos Guimarães e o ex-futebolista Abel Campos. 

No minimo, toda essa “campanha”  (não se sabe a troco de quê) indiciou uma grande  falta de organização,  falta  de  competencia e acima de tudo,  falta de respeito e de educação, pois não é assim que um Consulado deve organizar e gerir as suas actividades.

Evitando entrar aqui em promenores da desorganização  que nos apercebemos existir naquele Consulado, para quem de direito possa exigir as responsabilidades e tomar as medidas pertinentes, preferimos deixar bem vincado que os artistas não devem ser tratados como simples mercadorias ou mera bagagem não acompanhada. Acontece que aquele Consulado, como não é ou não está organizado, não tinha condições criadas de estadia dos artistas, nem dos nossos ex-atletas internacionais. Os hoteis que foram reservados foram péssimos, houve falta de transportes, etc, etc, etc.

Enfim, para ilustrar o que aqui  se explana, foi tanta a desorganização, a falta de respeito e de educação, que a Banda Maravilha e o seu grupo de bailarinas, assim como o cantor Kizua Gourgel, decidiram regressar a Luanda antes do prazo definido, pois depois de se terem deslocado á Bahia onde fizeram dois espectaculos na Casa de Angola naquela cidade, no mesmo dia que regressaram ao Rio de Janeiro já tinham um outro espectaculo na Favela Piscinão de Ramos (a que as nossas meninas da selecção de  andebol  também assistiram) mas infelizmente nesse dia nem local de alojamento tinham ... Colocado o assunto ao Sr. Consul, este para além de ter insultado os elementos da Banda,  disse que fossem dormir onde eles quisessem ! Foi graças a um trabalhador do Consulado que já madrugada dentro foram encontrados quartos num hotel, mas no dia seguinte foram convidados a deixar o hotel por não haver o compromisso de pagamento por parte do Consulado.

O regresso a Luanda estava previsto para o dia 18.08 mas por essa grande falta de respeito, falta de maneiras, de postura e de educação, sobretudo por parte do Sr. Rosario Ceita,  a Banda, bailarinas e Kizua Gourgel decidiram regressar a Luanda no dia 14.08. Perderam, inclusivamente, uma actuação-entrevista na TV Globo, que pelos seus próprios meios já haviam conseguido programar. Mas perante ao quadro de desrespeito a que foram expostos julgaram por bem regressar. 

Apenas deixamos um alerta, um recado, ou um conselho : quando se sabe que não há meios financeiros, ou os que existem são escassos, são limitados,  não se deve dar o passo maior que a perna ! Será escusado querermos aparecer, querermos á força dar nas vistas, etc, o Consulado ou o Sr. Consul  que se organize primeiro.  E dizemos isto porque não é a primeira vez que artistas contratados por aquele Consulado são maltratados. Já em Novembro passado um outro artista foi práticamente abandonado, ao ponto de nem sequer ter sido pago o seu cachê préviamente acordado.   

 

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