Segundo o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, estão em causa “atos hediondos de intolerância política” contra a delegação liderada pelo secretário provincial do partido e deputado à Assembleia Nacional Apollo Yakuvela.
A delegação deslocou-se ao município “no âmbito da nova divisão político-administrativa de Angola” para implementar as estruturas partidárias, um “direito legítimo e constitucional” previsto no artigo 17.º da Constituição.
A UNITA afirma, num comunicado que a delegação foi “emboscada” por membros do partido no poder, que “com violência, tentam impedir o livre e pacífico exercício da atividade política”.
O partido considera que estes atos configuram um “grave atentado contra a vida e a dignidade da pessoa humana” e um “enorme retrocesso na construção de um Estado democrático e de direito”.
O comunicado apela às autoridades competentes que “investiguem com urgência e responsabilizem” os responsáveis, sublinhando que “o silêncio ou a omissão” pode ser interpretado como cumplicidade.
A UNITA reafirma o seu compromisso com a paz, a democracia e a reconciliação nacional, e apelou à sociedade civil, igrejas, comunicação social e organizações de direitos humanos para denunciarem “todos os atos de intolerância política”.
Também no ano passado, a UNITA denunciou incidentes de intolerância política e violência, com destaque para um ataque contra uma caravana de deputados durante as jornadas parlamentares no Cuando Cubango, em abril de 2024, que resultou em dez feridos. Os deputados protestaram na Assembleia Nacional, exigindo responsabilização dos autores.