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Terça, 10 Junho 2014 09:19

Os Angolanos Ricos: Festas de sexo - onde rolam os petrodólares

Praia (Cabo Verde) – Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos, e têm a fama de “bons pagadores”. Normalmente, chegam num jacto privado e procuram um hotel longe de olhares indiscretos.

O negócio do sexo está em expansão no Mindelo e parece que está a conseguir dar a volta à crise. Se nas ruas, as “meninas que dão café” sentem a falta de clientes, nos salões, nas festas particulares o negócio prospera. Isto devido à procura por parte de homens de negócio ou aventureiros ricos que descobriram no Mindelo o lugar ideal para o turismo do sexo.

Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos e têm a fama de “bons pagadores”. Normalmente, chegam num jacto privado e procuram um “ hotel longe de olhares indiscretos”. Já têm os contactos das mulheres e ligam para marcar os encontros nos hotéis. “Normalmente vão passando os contactos de uns para outros e já conhecem as meninas. Assim, não perdem tempo à procura”. O cliente sabe o que procura: não quer uma prostituta clássica. Quer uma mulher bonita, muito bonita, com corpo de “avião” que lhe dê a sensação de que foi conquistada.

Mas que pagou não pela mulher, mas pela festa, pelas bebidas, pela alegria, pelo amor. As moças chegam a cobrar 300 a 500 euros por noite fora os presentes. Ninguém sabe ao certo o que são “os presentes”. O certo é que para as “cappuccinas” esses encontros são verdadeiras bolsas de contactos. Algumas já foram convidadas a viajar para Angola de férias, outras conseguiram trabalho, outras continuam a dar “cappucinno” agora em África ao sabor dos petrodólares.

Quem são as moças

Em rigor não se pode dizer que são prostitutas, embora cobrem pelo sexo. Essas, são as meninas que “dão café”, sexo barato. Tão pouco a garota de programas do Brasil. Estas mulheres baptizadas de “cappuccinas”, em analogia ao café expresso italiano e por ser mais caro que o simples café, trabalham, estudam ou são sustentadas por um ou mais “titios”. Outras conhecidas como “cafezeiras” vivem unicamente e simplesmente dos “cafés” e dos “cappuccinos” que vão dando. Mas existem muitas jovens que não são nem uma coisa nem outra. Podem acabar como “cappucinas” ou “cafezeiras”, mas vão a essas festas por prazer, para se divertirem e, ainda por cima, são pagas.

Espaços nocturnos

Os espaços nocturnos na cidade do Mindelo também têm facturado com essa nova clientela. Às vezes, o “organizador” opta por alugar um desses espaços com serviço de bar aberto. Leva as “cappuccinas” e começa a festa. Mais uma. Nas nossa investigação apurámos que “certa vez um grupo de empresários alugou uma boîte na cidade do Mindelo e um organizador contratou mais de trinta mulheres para ‘encherem’ o local”.

Os dados recolhidos nesta investigação permitem chegar à conclusão que Mindelo é um destino do turismo sexual? É claro que sim. E mais: todos os dias surgem novas ofertas de locais e mulheres para animar o mercado crescente dos negócios à volta do sexo em São Vicente. E não é verdade que são apenas os angolanos a animarem esse mercado com os seus muitos petrodólares. Se calhar são os que mais dão nas vistas. Mas portugueses, espanhóis, italianos, descobriram também esse mercado e os que procuram sexo nas férias já conhecem os circuitos. Só não conseguem competir com os angolanos.

Quarenta contos por noite

Dependendo dos dólares que se têm para gastar, mas que normalmente são muitos, a organização de festas particulares já entrou no menu que é oferecido aos turistas do sexo. Normalmente os turistas recorrem a um “organizador” que prepara tudo e recebe por isso.

Os lugares preferidos são vivendas luxuosas com piscina, onde servem comida e bebidas. Uma festa normal. Só que as damas são escolhidas a dedo e chegam a ganhar 40 contos por noite. Sabem ao que vão, sabem o que têm de fazer. Não custa fingir que se está a ser engatada quando há dólares na noite. Muitos dólares.

noticiasdonorte.cv

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