Para contrapor o favoritismo dos campeões mundiais, liderados em campo por Lionel Messi, o treinador francês, que reagiu em conferência de imprensa, em Luanda, disse que Angola vai ter de impor o seu futebol e demonstrar determinação durante os 90 minutos.
"Jogar em casa, diante da campeã mundial, não vai ser fácil, mas temos uma equipa preparada para lutar e defender. Amanhã (sexta-feira), teremos de correr muito. Temos qualidade e podemos mostrar coisas boas, sempre que tivermos a bola em posse, ou não. Temos de impor o nosso futebol e demonstrar determinação durante os 90 minutos", disse.
Além da celebração dos 50 anos da independência de Angola, o técnico disse que este jogo vai servir para preparar a equipa para a Taça das Nações Africanas (CAN), que se disputa a partir do próximo mês em Marrocos.
"Preciso ver todos os jogadores neste jogo e, depois, no confronto diante da Zâmbia, porque temos pouco tempo para preparar a CAN, então, temos de ver todos os jogadores à nossa disposição", referiu.
O capitão, Fredy, por sua vez, disse que a equipa está preparada para defrontar Messi e companheiros.
"Estamos preparados, apesar de sabermos que não será um jogo fácil. Vamos dar o nosso melhor para levarmos alegria ao nosso povo e juntos continuarmos a celebrar a festa da nossa independência", referiu.
Os bilhetes para o particular, a decorrer no estádio 11 de Novembro, em Luanda, esgotaram após três dias de venda, tendo a Federação Angolana de Futebol colocado à disposição 48 mil bilhetes para um jogo que vai ser disputado num estádio com capacidade para 50 mil espetadores.
Algumas centenas de adeptos angolanos têm-se manifestado frustrados com aquilo que afirmam ser a "máfia" da venda dos bilhetes para o jogo com a Argentina.
O jogo continua envolto em polémica, sobretudo devido aos custos associados, quando se estima que a Argentina receba cerca de 12 milhões de euros para jogar com Angola, em território angolano.
Sensibilidades políticas e organizações da sociedade civil angolana, que se opõem à realização do jogo, denunciaram que, aos 12 milhões de euros, se somam os custos de viagem, hospedagem e segurança de mais de 80 pessoas da comitiva argentina, podendo os custos chegar aos 20 milhões de euros.
O governo angolano, que até ao momento não revelou os valores oficiais, limitou-se a desmentir essas informações, referindo que os custos vão ser assegurados por três empresários angolanos.
Angola e Argentina voltam a defrontar-se 19 anos depois, após jogarem em 2006, na Itália, em jogo particular, com vitória dos argentinos por 2-0.
