A ministra das Finanças de Angola considerou hoje que o aumento da inflação é a primeira consequência da retirada dos subsídios aos combustíveis, que quase duplicou o preço num dos países onde eram mais baratos.
"Se nos querem matar que nos matem já, situação está mal e estamos a sofrer muito", diz uma angolana. Outros pedem ajuda ao Presidente, chamando-lhe "pai", tal como faziam com José Eduardo dos Santos.
Angola registou uma inflação de 10,62% em maio, o que representa um decréscimo de 13,80 pontos percentuais comparativamente à observada no período homólogo de 2022, revela o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).
Em Angola, o aumento nos preços dos combustíveis foi a "gota que fez transbordar o copo", gerando várias manifestações nos últimos dias, num contexto económico já bastante complicado para os angolanos com menor poder de compra.
A consultora Oxford Economics Africa considerou hoje que o aumento da inflação em Angola, em abril face ao mês anterior, vai acentuar-se na segunda metade deste ano, embora abaixo dos níveis historicamente altos dos últimos anos.