Em declarações à imprensa, o director-geral da consultora ANS, Alberto Maila, à margem da conferência Cyber Security Angola 2025, organizada por esta empresa, garantiu que as razões dos desfalques estão relacionadas às debilidades no sistema de protecção de dados das instituições bancárias.
“As organizações não estão a proteger os activos o suficientemente. Quando hackers ou um funcionário mal intencionado ganha acesso a dados sensíveis, ele pode rapidamente extrair valor, alterar dados ou impactar as operações de negócios”, disse.
Alberto Maila afirmou que os dados da ANS são baseados no levantamento efectuado nos últimos três anos pela consultora junto das 23 instituições bancárias a operar em Angola.
Revelou que, numa outra perspectiva, os danos dos ciberataques são mais expressivos nas empresas angolanas de telefonia móvel, onde as perdas financeiras podem triplicar os KZ 6.10 mil milhões registados no sector bancário.
As soluções para a redução do volume de ataques às instituições passam, segundo Alberto Maila, pela regularização e investimentos nos sistemas de monitorização permanente das redes informáticas das instituições.
Segundo dados publicados em Outubro pelo banco angolano Yetu, as instituições financeiras angolanas enfrentam uma média diária de quatro mil e 409 ataques e ameaças cibernéticas.
Segundo dados publicados em Setembro último, por este banco angolano, as questões relacionadas ao phishing, engenharia social, ataques a infraestruturas críticas, fraudes bancárias e o uso de Inteligência Artificial generativa, são as mais comuns nas instituições financeiras.

