De acordo com as denúncias chegadas à redacção do Angola24horas, por esta altura, vários estudantes bolseiros estão a ser expulsos das casas arrendadas, proibidos de fazer provas, excluídos da lista pelo não pagamento das propinas, obrigando outros, a contraírem dívidas para não passar fome ou não reprovar na totalidade.
"Sem ter o que comer, sem ter o que beber, com dívidas para liquidar, despesas para suprir, exames não/mal feitos por questões financeiras, propinas com multas por pagar, sem táxi e materiais didáticos. Esta é só uma parte sobre a situação actual dos estudantes Bolseiros internos em Angola", relatam.
Segundo os mesmos estudantes, acredita-se que uma provável péssima direcção de Milton Chivela, director do INAGBE, terá causado todo esse problema, o que obriga os bolseiros a saírem às ruas no dia 27 de janeiro para a mega manifestação e no dia 28 para uma vigília, actos que visam pressionar o preferido responsável ao cumprimento do pagamento dos seus ordenados.
A denúncia detalha que para muitos, Milton Chivela tem dificultado ao extremo, a vida dos estudantes bolseiros, tanto antigos como actuais, com um processo que consideram demasiado burocrático, desonesto e incoerente.
Para a situação actual, o grito de socorro dos estudantes bolseiros centra-se no processo de renovação da bolsa que teve seu começo em Outubro e que deveria terminar em 17 de Dezembro, mas que, até ao momento, não se dá por findado, o que segundo alegações viola todos os princípios morais e contratuais do regulamento de Bolsas académicas.
No primeiro desejo de manifestação, agendado para o dia 10 de Janeiro, os estudantes confirmam que o INAGBE processou os subsídios de pelo menos 250 bolseiros, no sentido de dividir, confundir e ludibriar todos os outros, tendo este processo, ser parte da vasta gama de burocracia da Instituição em causa que pretendia supostamente ganhar mais tempo, colocando em risco, a saúde física, psíquica e espiritual, dos outros 20.000 bolseiros não pagos.
"Desvio de altos valores monetários por parte da Direção, é uma das possibilidades causadoras do não pagamento de 4 meses, de mais de 20 mil estudantes bolseiros, levando este período todo, a um total de 245.000,00 AKZ por cada estudante, denunciam,lembrando que não foi a primeira vez que os estudantes bolseiros internos de Angola reclamam sobre a Direção actual e o seu sistema árduo bem como burocrático, consequentemente incoerente.
Recordam a título de exemplo que, em 2020/2021, pelo menos 4 manifestações, contando com cobertura televisiva, divulgação nas redes sociais por páginas informativas, queixas ao IGAE contra a Direcção, foram executadas como medida de reacção por parte dos estudantes bolseiros e, desta vez, houve possíveis ameaças por parte da direcção que apelou a perda da bolsa de estudo de quem se manifestasse, causando medo, insegurança e receio no seio dos Bolseiros e violando o livre direito à manifestação pacífica como método de reivindicação.
Assim sendo, os estudantes bolseiros pedem aos órgãos competentes e superiores, a destituição de Milton Chivela como Director do INAGBE, bem como a melhoria no processo de renovação de Bolsas de estudos, levando em conta que, em 2020/2021, a renovação foi automática e não se viveu o que se vive actualmente.
Poroutra, apelam que o INAGBE se pronuncie sobre a situação, quebrando o silêncio de 4 meses, assim como se pede acima de tudo, a destituição de Milton Chivela da direcção da referida Instituição.