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Terça, 25 Janeiro 2022 12:03

Bolseiros denunciam desvio de dinheiro e agendam protestos para exigir subsídios de 4 meses ao INAGBE

Há cerca de quatro (4) meses, o Instituto Nacional de Administração e Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), não tem alegadamente cumprido com seu dever de atender as necessidades dos estudantes bolseiros, nem ao menos estabelece comunicação com os mesmos sobre os subsídios.

De acordo com as denúncias chegadas à redacção do Angola24horas, por esta altura, vários estudantes bolseiros estão a ser expulsos das casas arrendadas, proibidos de fazer provas, excluídos da lista pelo não pagamento das propinas, obrigando outros, a contraírem dívidas para não passar fome ou não reprovar na totalidade.

"Sem ter o que comer, sem ter o que beber, com dívidas para liquidar, despesas para suprir, exames não/mal feitos por questões financeiras, propinas com multas por pagar, sem táxi e materiais didáticos. Esta é só uma parte sobre a situação actual dos estudantes Bolseiros internos em Angola", relatam.

Segundo os mesmos estudantes, acredita-se que uma provável péssima direcção de Milton Chivela, director do INAGBE, terá causado todo esse problema, o que obriga os bolseiros a saírem às ruas no dia 27 de janeiro para a mega manifestação e no dia 28 para uma vigília, actos que visam pressionar o preferido responsável ao cumprimento do pagamento dos seus ordenados.

A denúncia detalha que para muitos, Milton Chivela tem dificultado ao extremo, a vida dos estudantes bolseiros, tanto antigos como actuais, com um processo que consideram demasiado burocrático, desonesto e incoerente.

Para a situação actual, o grito de socorro dos estudantes bolseiros centra-se no processo de renovação da bolsa que teve seu começo em Outubro e que deveria terminar em 17 de Dezembro, mas que, até ao momento, não se dá por findado, o que segundo alegações viola todos os princípios morais e contratuais do regulamento de Bolsas académicas.

No primeiro desejo de manifestação, agendado para o dia 10 de Janeiro, os estudantes confirmam que o INAGBE processou os subsídios de pelo menos 250 bolseiros, no sentido de dividir, confundir e ludibriar todos os outros, tendo este processo, ser parte da vasta gama de burocracia da Instituição em causa que pretendia supostamente ganhar mais tempo, colocando em risco, a saúde física, psíquica e espiritual, dos outros 20.000 bolseiros não pagos.

"Desvio de altos valores monetários por parte da Direção, é uma das possibilidades causadoras do não pagamento de 4 meses, de mais de 20 mil estudantes bolseiros, levando este período todo, a um total de 245.000,00 AKZ por cada estudante, denunciam,lembrando que não foi a primeira vez que os estudantes bolseiros internos de Angola reclamam sobre a Direção actual e o seu sistema árduo bem como burocrático, consequentemente incoerente.

Recordam a título de exemplo que, em 2020/2021, pelo menos 4 manifestações, contando com cobertura televisiva, divulgação nas redes sociais por páginas informativas, queixas ao IGAE contra a Direcção, foram executadas como medida de reacção por parte dos estudantes bolseiros e, desta vez, houve possíveis ameaças por parte da direcção que apelou a perda da bolsa de estudo de quem se manifestasse, causando medo, insegurança e receio no seio dos Bolseiros e violando o livre direito à manifestação pacífica como método de reivindicação.

Assim sendo, os estudantes bolseiros pedem aos órgãos competentes e superiores, a destituição de Milton Chivela como Director do INAGBE, bem como a melhoria no processo de renovação de Bolsas de estudos, levando em conta que, em 2020/2021, a renovação foi automática e não se viveu o que se vive actualmente.

Poroutra, apelam que o INAGBE se pronuncie sobre a situação, quebrando o silêncio de 4 meses, assim como se pede acima de tudo, a destituição de Milton Chivela da direcção da referida Instituição.

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