Cerca de quarenta partidos políticos de oposição, sobretudo extraparlamentares, anunciaram hoje uma "aliança inédita" para contestação dos resultados da votação de 09 de outubro em Moçambique, prometendo liderar, nas bases, as manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou hoje a uma greve geral de uma semana em Moçambique a partir de quinta-feira, manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e marchas para Maputo em 07 de novembro.
O ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, acusou hoje o candidato presidencial Venâncio Mondlane de “comandar”, a partir da África do Sul, a “manipulação da opinião pública”, incitando à violência.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje que abriu um processo-crime contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane e apoiantes, pela escalada de violência pós-eleitoral no país.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, criticou hoje o candidato presidencial Venâncio Mondlane por se ter declarado vencedor das eleições quando o apuramento estava em curso e alertou para consequências da escalada da violência.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane defendeu hoje a união dos partidos da oposição moçambicana que criticam os resultados das eleições gerais de 09 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) apontou hoje "preocupação" com as manifestações promovidas por apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais, admitindo a possibilidade de "diálogo" entre as partes.
A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) afirmou hoje que o anúncio dos resultados da votação de 09 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) "não dissipou as preocupações" com a "transparência" do processo eleitoral.