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Quarta, 29 Agosto 2018 14:53

Associação acusa ex-polícias expulsos da corporação de estarem por detrás de vaga de crimes contra taxistas

O presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas (ANATA), Geraldo Wanga, disse hoje há ex-agentes da Polícia Nacional (PN) expulsos da corporação por má conduta por detrás de vaga de crimes em Luanda, incluindo aqueles praticados contra taxistas.

Em declarações ao NJ, Geraldo Wanga acrescentou que os tais ex-agentes fazem assaltos, reféns, raptos e aterrorizam a vida dos passageiros e dos taxistas.

Estas declarações foram feitas à margem do encontro entre a Direcção do Comando Provincial de Luanda da Polícia e os responsáveis das Empresas de transportes públicos e privados, as associações de taxistas e a Amotrang, onde foi apresentado como irá funcionar o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), com o objectivo de auxiliar os serviços de segurança pública a desvendar crimes e outras práticas menos correctas na capital.

"Estas informações devem ser devidamente apuradas e investigadas", disse ainda, acrescentando que alguns dos associados da ANATA alvos de assaltos relataram posteriormente que os meliantes tinham "muita agilidade" no manuseio das armas e que esse mesmo comportamento "só é possível em indivíduos com treino", como é o caso de ex-polícias, ou mesmo antigos militares.

O Presidente da ANATA admitiu ainda que existem casos em que os meliantes usam "códigos" da Policia Nacional no acto de abordagem às vítimas no interior das viaturas.

"A forma como eles se comunicam durante os assaltos, é código usado pela polícia no seu dia-dia", garantiu, afirmando que a população em Luanda não está apenas em presença de "jovens frustrados por falta de emprego e que enveredaram para o mundo do crime".

"Estamos em presença de senhores altamente preparados e essa é a razão pela qual têm dado muito trabalho à polícia e, até ao momento, ninguém foi apanhado".

Já o comissário-chefe António Maria Sita, comandante provincial de Luanda do Comando da Polícia Nacional (CPL) referiu que a PN vai trabalhar arduamente com as associações para acabar com as irregularidades que alguns taxistas e certos agentes têm praticado durante o acto laboral.

"Através deste novo sistema vamos acabar com algumas irregularidades que temos constatado na via pública, quer por parte dos nossos agentes quer por parte dos taxistas, em função do trabalho que estamos a efectuar com as associações", afirmou o oficial.

Por sua vez Bento Rafael, o presidente de direcção da AMOTRANG, mostrou-se satisfeito com o novo sistema que a PN vai utilizar em colaboração com as associações de taxistas de Luanda.

"De certeza que este sistema vai trazer um sentimento de segurança aos cidadãos e aos nossos passageiros. Vamos fazer um trabalho muito profundo para banir a delinquência em Luanda e arredores", disse.

O lançamento da primeira pedra do Centro Integrado de Segurança Pública aconteceu a 15 de Agosto de 2017 pelo então Presidente José Eduardo dos Santos. NJ

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