"Em Angola, prevê-se um crescimento de 0,7%, o que é 0,3 pontos percentuais mais baixo do que a previsão de abril, e 2,2% em 2020 e 2,7% em 2021", lê-se no relatório 'Africa’s Pulse', a atualização económica semestral do Banco Mundial para a região.
Sobre Angola, os analistas desta instituição financeira multilateral dizem que "o crescimento deve continuar moderado em 2019, já que a expansão modesta do setor não petrolífero, apoiada pelas reformas para melhorar o ambiente de negócios, é compensada pelo contínuo desempenho abaixo do potencial do setor petrolífero, devido aos poços em envelhecimento".
O crescimento, acrescentam, "deverá recuperar gradualmente à medida que o novo investimento ajuda a equilibrar as dificuldades do setor petrolífero".
No relatório do Banco Mundial, divulgado nas vésperas da realização dos Encontros Anuais em Washington, afirma-se que "o crescimento geral na África subsaariana deverá aumentar para 2,6% em 2019, o que compara com os 2,5% em 2018, 0,2 pontos percentuais inferior à previsão de abril".
De acordo com os analistas, "o fraco desempenho das três maiores economias da região - Nigéria, África do Sul e Angola - pesou no crescimento geral: "A recuperação nestas economias manteve-se fraca e está a pesar nas perspetivas da região".
"Na Nigéria, o crescimento do setor não petrolífero tem sido lento, enquanto em Angola o setor petrolífero manteve-se fraco, e na África do Sul a pouca confiança dos investidores está a pesar na atividade económica", acrescentam.
A edição deste semestre do principal relatório da instituição sobre África inclui secções especiais sobre a aceleração da redução da pobreza e a promoção da afirmação das mulheres: "O 'empoderamento' das mulheres é o caminho certo para impulsionar o crescimento. Os decisores políticos africanos enfrentam uma importante escolha: manter tudo como está ou dar passos deliberados para uma economia mais inclusiva", disse o vice-presidente do Banco Mundial para África, Hafez Ghanem.