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Sexta, 22 Agosto 2025 14:35

Gestores do Banco Yetu roubam quase meio bilião de kwanzas da Sonangol

Um grupo de cinco gestores e colaboradores do Banco Yetu está a ser acusado de desviar mais de 475 milhões de kwanzas da conta da Sonangol, num esquema fraudulento que, segundo denúncias, expõe fragilidades graves no sistema bancário angolano.

O caso, revelado pelo perito judicial e especialista forense Sabalo Salazar, encontra-se sob investigação do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e já resultou em exonerações e suspensões internas.

De acordo com as informações avançadas, a operação criminosa foi liderada por Telma Nascimento, ex-funcionária do BIC e do Atlântico BCS, que integrava a equipa do Centro de Empresa do Banco Yetu.

Ao lado dela, foram identificados como implicados Janete Mingas, Fernando Demba, Gaspar Mendes de Carvalho e António Suculate.

O grupo terá montado um esquema para transferir indevidamente fundos da petrolífera estatal, tendo sido desmantelado apenas após a segunda tentativa de execução.

O Banco Yetu confirmou a suspensão de colaboradores e a exoneração da diretora do Centro de Empresa de Talatona, enquanto alguns dos acusados encontram-se sob Termo de Identidade e Residência (TIR) e outros foragidos.

As denúncias indicam ainda que os Centros de Empresa do banco se transformaram em núcleos de práticas ilícitas, incluindo manipulação do mercado cambial, concessão de créditos a empresas fictícias e suborno a clientes.

O episódio reacende preocupações sobre a supervisão do Banco Nacional de Angola (BNA), que tem sido pressionado a intervir com maior rigor para salvaguardar a confiança no sistema financeiro.

Nos últimos anos, o Banco Yetu tem acumulado resultados negativos e denúncias de má gestão, incluindo o alegado desvio de mais de 10 milhões de dólares através de créditos fraudulentos. Para críticos, a sucessão de escândalos fragiliza a credibilidade da instituição, deixando clientes e parceiros em estado de alerta.

Enquanto o processo segue em investigação no SIC Geral, os acusados enfrentam suspeitas de associação criminosa, burla qualificada e desvio de fundos de uma das maiores empresas públicas do país. Imparcial Press

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Last modified on Sexta, 22 Agosto 2025 14:53

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