Segundo o livro ‘Segredos e Poder do Dinheiro’, sobre "a princesa angolana" e escrito por Filipe S. Fernandes, o nome de Isabel dos Santos surge associado à empresa Ascorp, fundada em 2000, que tinha "o direito exclusivo de vender e exportar diamantes de Angola". Um dos acionistas da Ascorp era a Trans-Africa – Investment Services (TAIS), com 25%. De acordo com o que é descrito no livro, Isabel dos Santos é dona de 75% da TAIS, "enquanto a mãe, Tatiana, de origem russa e que entretanto se tornou cidadã britânica, [detinha] 25%". Segundo os empresários envolvidos no escândalo ‘Angolagate’, relativo à venda ilícita de armamento francês a Angola nos anos 90, a TAIS seria "um acrónimo das iniciais de Tatiana e Isabel".
A empresária, única herdeira da mãe, terá transferido para a progenitora o controlo da TAIS. Algo que até hoje sempre foi negado pela própria. Só em 2012, quando surgiu a Grisogono, empresa dedicada a joias de luxo, é que a angolana assumiu o negócio dos diamantes. Isabel dos Santos não dá entrevistas e raramente se deixa fotografar. O pouco que se sabe é que que "vibra com os negócios", sejam grandes ou pequenos. Os rumores de que seria a testa de ferro do pai, Eduardo dos Santos, são antigos. "Em todas as oportunidades, ela rejeita. Contudo, beneficiou da proximidade com o poder, que neste caso é o pai", afirma Filipe S. Fernandes ao CM.
Aos 42 anos, Isabel dos Santos é já a mulher mais rica de África. Casada com o congolês Sindika Dokolo, tem três filhos. A mais recente batalha da empresária é a proposta de fusão entre BPI, de que é acionista, e BCP.
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