Desta forma, o general terá direito a um funeral com honras militares, no Estado Maior Geral (ex-R20), no próximo dia 15 e será sepultado no dia 17, na província do Bié, sua terra natal.
Ao presidir o acto, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, disse que o acto surge na sequência de uma solicitação feita pela família do malogrado em localizar os restos mortais do falecido, num momento intenso de conflito militar, que ocorreu no país, e não era possível efectuar o sepultamento em condições aceitáveis como manda os rituais fúnebres.
De acordo com ministro, apesar do passamento físico não ter resultado propriamente do conflito militar, a CIVICOP, por razões humanitárias, acolheu o pedido da família para realizar um enterro condigno.
Esclareceu, para o alcance do resultado, foram colhidas amostras biológicas dos familiares directos e comparados a do malogrado, no Laboratório Central de Criminalística do Serviços de Investigação Criminal (SIC), através de um trabalho forense rigoroso.
Explicou que o trabalho decorre da missão incumbida pelos membros da COVICOP, pelo Titular do Poder Executivo, relativamente à necessidade de se dar dignidade e respeito às vítimas dos conflitos políticos ocorridos no país.
Durante o acto, pediu paciência e compreensão de outras famílias que ainda não viram concluídas os seus processos, reafirmando em continuar a trabalhar com afinco para o tratamento dos casos ainda pendentes, tendo endereçado as mais sentidas condolências de pesar à família enlutada.
Por sua vez, João Diniz Ekangala, sobrinho do malogrado, agradeceu às autoridades pelo trabalho desenvolvido, no sentido de se realizar um funeral condigno do seu familiar e apelou que gestos do género sejam replicados.
Descreveu o malogrado como carismático, exemplar e de excelência.
Fernando Diniz Sambimbi, general da Forças Armadas Angolanas (FAA), oriundo da forças militares da UNITA, natural da província do Bié, nasceu a 25 de Outubro de 1952 e faleceu a 10 de Dezembro de 1999, deixou viúva e filhos.
