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Sexta, 27 Julho 2018 01:11

Mãe de professor brasileiro assassinado em Angola pede ajuda para trazer o corpo para o Brasil

Ela se reúne com membros do Gabinete de Assuntos Internacionais para tratar do traslado e em busca de informações sobre a morte do filho Adélcio Cândido; Embaixada no país apura o caso.

A família do professor de artes cênicas e ator goiano Adélcio Cândido, de 41 anos, conhecido como Yaru, encontrado morto em Luanda, na Angola, se reúne com membros do Gabinete de Assuntos Internacionais em Goiás, nesta quinta-feira (26), em Goiânia. A mãe do homem, Jordelina Rosa de Jesus, 78 anos, quer informações sobre o que de fato ocorreu e pede ajuda para trazer o corpo para o Brasil.

Após quase uma hora de reunião, em entrevista à TV Anhanguera, a mulher só conseguiu dizer duas palavras: "Muita dor".

O G1 entrou em contato com o Itamaraty às 8h50 desta quinta-feira por email, e aguarda informações do órgão sobre a apuração do fato. Na quarta-feira, foi divulgada uma nota que informava que “a Embaixada do Brasil em Angola acompanha o caso”, que está prestando assistência aos parentes e que “mantém contato com as autoridades policiais angolanas, que investigam as circunstâncias do ocorrido”.

A mãe, uma sobrinha e um amigo de Yaru chegaram ao Gabinete de Assuntos Internacionais por volta das 9h desta quinta-feira. Ainda na quarta-feira, o órgão havia informado ao G1 que iria oferecer a assistência que prestam em casos como este.

O professor, que estava morando em Luanda, teria ido a uma festa no último domingo (22) e não havia sido visto até terça-feira, quando o corpo dele foi encontrado, segundo informações dos amigos e parentes. A TV Anhanguera apurou que o goiano foi vítima de latrocínio e foi morto asfixiado dentro do apartamento em que morava.

O G1 tentou contato, por telefone, com o Comando Provincial da Policia Nacional em Luanda, às 9h desta quinta-feira, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

Comoção

A atriz, professora e colega dele de faculdade, Kelly Morais, de 37 anos, contou que ele estava morando e trabalhando em Luanda. “Todos descobrimos quando a amiga dele que morava com ele nos ligou para dar a notícias. Sabemos também que acharam o carro com alguns pertences, como celular, que já estão com a polícia, junto com suspeitos”, afirmou.

Outro amigo de Yaru, que está ajudando a família com os trâmites internacionais, contou que as informações ainda estão desencontradas, mas que estão fazendo de tudo para trazer o corpo do professor o quanto antes de volta para o Brasil.

“Há uma dificuldade muito grande por parte da embaixada brasileira em Luanda para nos fornecer as informações de liberação do corpo, de autopsia, que ainda não aconteceu. [...] Tudo está nos deixando cada vez mais angustiados, preocupados com essa situação. Precisamos de ajuda de qualquer que seja a esfera pública que possa nos apoiar, para que ele possa vir aqui para terra natal dele e perto de todos nós que gostamos muito dele”, disse. G1

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