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Sexta, 30 Novembro 2018 17:34

Ausência do clã "dos Santos" comentada entre os "Camaradas"

O ex-presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, manifestou-se indisponível para participar como membro honorário na 6ª Reunião Ordinária do Comité Central (CC) do MPLA, que João Lourenço preside pela primeira vez na qualidade de líder do partido.

"Tudo foi feito para que o nosso ex-presidente, o camarada José Eduardo dos Santos, participasse como membro honorário, mas infelizmente não houve disponibilidade", disse ao NJOnline um membro da direcção do partido.

Para além da ausência do ex-presidente, também a da filha, Welwitschea dos Santos (Tchizé), membro do CC, foi notada, o que levou muitos a concluírem que se tratou de uma acção combinada para não ouvirem o discurso do novo líder.

"Já sabiam que a intervenção do presidente do partido ia abordar vários assuntos que atingem a família, razão pela qual optaram não marcar presença", disse o membro do MPLA, Adão Santos Panda.

Na opinião de outro membro do MPLA, António Ramos Fiety, José Eduardo dos Santos "não é obrigado a estar presente neste tipo de reuniões e cabe a ele decidir se vem ou não".

Reagindo ao discurso do Presidente do MPLA, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse que o programa do partido no poder visa desfazer todos os vícios que prejudicam os angolanos.

"Todos vamos trabalhar para combatermos estes males que perigam a nossa economia. O discurso do presidente do partido chama a atenção para a necessidade de uma gestão correcta da coisa pública e evitar monopólios e tantos outros constrangimentos", frisou.

O membro do CC, Tany Narciso, ex-administrador municipal do Cazenga, observou ter havido "muitos excessos" no que diz respeito aos monopólios nos negócios.

"Nada contraria que o filho do chefe possa ter os seus negócios, mas fica mal quando há violação de leis", acentuou.

O deputado do MPLA, João Guerra, destacou o discurso de João Lourenço, frisando que "o País tem um novo rumo e já não é o mesmo".

"O Presidente está a fazer tudo para o bem dos angolanos e ninguém pode ficar magoado quando a verdade é dita", elucidou.

A secretária da OMA, em Luanda, Eulália Rocha Silva, disse que o estatuto e programa do MPLA defendem o bem-estar dos angolanos, por isso, nas eleições passadas, o povo deu o voto ao seu partido.

"Agora quem não se ajustar com a actual conjuntura política do País, optando por má gestão e outras práticas ruins, será sancionado", explicou.

Amadeu Amorim, do processo 50, elogiou a intervenção de João Lourenço, considerando que, se continuar assim, "o futuro de Angola conjectura bons sinais".

"É este tipo de dirigentes que o País precisa. Já perdemos muito tempo a brincar com o erário público, agora deve haver um basta". NJ

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