A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA),o maior partido na oposição, admite chamar ao Parlamento o ministro dos Transportes, Ricardo d'Abreu, para dar explicações sobre o processo de privatização da TAAG.
Em declarações ao Expansão, o porta-voz do partido do "Galo Negro", Alcides Simões Sakala, disse que apesar de se tratar de "um processo normal", para a UNITA é necessário que o processo seja conduzido com "bastante responsabilidade e transparência", a julgar pela importância da companhia de bandeira nacional, enquanto uma das maiores empresas públicas do País.
Por essa razão, segundo Alcides Sakala, a sua privatização só será vantajosa, "se os governantes e quadros nacionais mudarem de mentalidade", oferecendo melhores condições aos clientes, "num quadro de competitividade com as companhias nacionais e estrangeiras".
De contrário, diz Sakala, "será um esforço inútil, enquanto a corrupção, o tráfico de influência e o deixa andar, continuarem a falar mais altos na gestão da coisa pública". (...)
Estado assume contrato da Air Connection Express para compra de seis aviões Bombardier
A TAAG vai receber as seis aeronaves previstas para servir a rede doméstica, no âmbito de um contrato com a Air Connection Express, a parceria público-privada suspensa por João Lourenço.
O Estado vai assumir o contrato assinado com os fabricantes canadianos da Bombardier para aquisição de seis aeronaves destinadas ao serviço da rede doméstica que estava prevista ficar nas mãos da parceria público-privada, a Air Connection Express-Transporte Aéreo, entretanto suspensa pelo Presidente da República, João Lourenço.
O presidente do Conselho Executivo da TAAG disse ao Expansão que a compra das aeronaves, com capacidade para cerca de 70 passageiros, segue o seu curso normal, sem alteração do valor, 198 milhões USD, e da data de entrega em 2019.
Segundo Rui Carreira, que conhece bem o dossier, o Estado vai reunir em breve com a Bombardier e, a partir daí, "traçar uma linha zero". (...) Expansão