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Domingo, 26 Agosto 2018 21:47

O desemprego em Angola: Desafios e Soluções para uma Angola Próspera

Por longos anos Angola sempre se abateu com a cultura da polarização política, onde tudo vira avolta dos políticos do B e do A.

Acho que devemos nos demarcar com essa polarização política se quisermos erguer uma nação próspera onde a iniciativa privada e individual seja incentivada; onde a sociedade civil tenha mais influência nas decisões públicas por parte dos governantes.

Gostaria de partilhar alguns pontos alarmantes que devem ser corrigidos para erguermos uma nação próspera:

- Um dos grandes desafios que temos em Angola, tem a ver de como a maioria dos pais educam e aconselham os filhos, por exêmplo:

<Você tem que estudar para depois ter um bom emprego>

Nesse caso, produz-se empregados e não se produz empregadores, depois esperam os estrangeiros para abrirem empresas para serem empregados. Esse pensamento nos está dar errado, porque algumas dessas empresas fecharam devido a crise e como consequência muita gente sem empregos. 

- Se apegar com a ideia da função pública ser o empregador favorito, todo mundo quer trabalhar na função pública e poucos se atrevem em abrir suas próprias empresas.

-  O hábito dos governantes Angolanos serem também empresários, o que se levanta a questão se em Angola existe mesmo o sector privado ou apenas a réplica do sector público com interesses privados?

Acredito que um dos grandes bloqueios que os jovens Angolanos com ideias de negócios tem sofrido é exactamente devido dessa network enraizada ha decadas devido o sistema implantado em Angola.

O actual governo na liderança de João Lourenço está trabalhando duramente para desmantelar essas redes de bloqueios, certas leis que noutra eram impensaveis já estão sendo aprovadas, algumas já aprovadas.

Há mudanças políticas sem sombra de dúvidas, mas agora resta que haja também mudanças das mentes do povo, temos que educar, incentivar e motivar o povo, sobretudo a juventude.

Não se pode esperar pela mudança fazendo a mesma coisa, a mudança só acontence na vida de alguém que mudou seu pensamento e sua ação.

O que deve mudar?

- Paremos de passar a ideia de que ter licenciatura é a chave do successo, por isso muitos ficam frustrados porque foram instruídos e cresceram com essa ideia de que para ter sucesso na vida tens que ter Licenciatura. Ser formado não pode ser visto apenas tendo licenciaturas, mestrados e Phds. Cursos técnicos e vocacionais devem ser priorizados ate porque nem todos tem capacidade financeira para custear faculdades.

Vamos formar empregadores, acho que já formamos muitos trabalhadores!

- As empresas devem deixar de pedir 15 anos, 5 anos de experiência de trabalho num país que ainda está em vias de desenvolvimento. Devem dar oportunidades aos recem-formados oportunidade para ganhar experiência de trabalho.

Onde é que alguém que acabou de se formar vai buscar experiência de trabalho se nenhuma empresa lhe der a oportunidade de ganhar tal experiência de trabalho?

Isso tem que mudar!

- A actual Lei do Trabalho deve ser alterada, porque faz da mão-de obra Angolana escravos modernizado dos estrangeiros. Mais uma vez isso traz a questão que menconei acima em que os governantes são também empresários. Que tipo de lei de trabalho esperas ter se o deputado e o Ministro que aprovou a tal lei é empresário (empregador)? Achas que ele vai mesmo aprovar uma lei de trabalho que não lhe favorece?

Pois não, isso tem que mudar!

Há um assunto que me assusta no sector privado em Angola; como é que uma empresa distribuidora também vende a retalho? Quer dizer você como jovem angolano com a sua empresa compra seus productos nessa empresa distribuidora seu fornecedor para revenderes ao cliente final, mas descobres que o seu fornecedor está a vender os meus productos a mesmo preço ao cliente final, que acaba ser seu cliente. What’s this?

Isso deve mudar porque assim estamos a tirar o pão de muitos jovens empreendedores e isso cria frustração e mais desemprego no país.

Vamos apoiar mais os empreendedores Angolanos, sobretudo jovens porque só com eles terémos um sector privado reanimado e dinâmico.

Em fim, devemos ser honestos e corajosos em aplaudir o que está sendo melhorado e apontar o que continua mal.

Don’t wait for change, make the change yourself
I thank you!
<Fim>

BIOGRAFIA DO AUTOR

Moises M. Antunes
Consultor de Relações Internacionais e Diplomacia- África do Sul e Angola
Consultor Internacional de Negócios|Orador Motivacional
South Africa

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