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Quarta, 06 Novembro 2013 23:08

Advogados de angolano detido por "ultraje ao Presidente" exigem libertação imediata

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Os advogados de defesa do menor angolano detido por "ultraje ao Presidente", que cumpriu um dia de greve de fome, apresentaram um requerimento à Procuradoria-Geral da República exigindo a sua libertação imediata.

Manuel Nito Alves, de 17 anos, está detido desde 12 de setembro, por "ultraje ao Presidente", por ter usado uma t-shirt em que apelidava José Eduardo dos Santos de "ditador" durante uma manifestação antigoverno.

Em declarações telefónicas à Lusa, quando saía da prisão onde Nito Alves está detido, Salvador Freire dos Santos, um dos advogados de defesa, recordou que o ativista está detido há mais de 45 dias, período máximo de prisão preventiva para casos como este. Por isso, "a Procuradoria-Geral da República estará já em condições de o soltar para aguardar julgamento fora da cadeia", realçou.

Nesse sentido, a defesa de Nito Alves apresentou, na terça-feira, um pedido de "habeas corpus" (ação legal que exige a reposição da garantia constitucional de liberdade), que deverá ter resposta entre hoje e quinta-feira, estimou Salvador Freire dos Santos, também presidente da organização não-governamental Mãos Livres.

"Estamos a diligenciar no sentido de ver se conseguimos a liberdade dele o mais rapidamente possível", assegurou o advogado, depois de se encontrar com Nito Alves na prisão de Viana, a duas dezenas de quilómetros de Luanda, a capital.

O advogado confirmou também que o jovem esteve em greve de fome durante 24 horas, mas suspendeu-a depois de os seus "correligionários do Movimento Revolucionário", que o visitaram na prisão na terça-feira, o terem aconselhado "a parar" o protesto.

O advogado concordou que o "estado de saúde" de Nito Alves não aconselha uma greve de fome.

LUSA

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Last modified on Quarta, 06 Novembro 2013 23:35