O chefe de Estado angolano fez a viagem de cerca de 40 minutos entre o terminal marítimo de Kapossoka, localizado na zona do Morro Bento, no distrito da Samba, a sul da capital, até ao terminal do porto de Luanda, percurso que de carro pode durar mais de uma hora.
O serviço de transporte será feito por dois "ferry-boats" denominados "Snav-Altair", com capacidade para 420 passageiros cada, duas vezes ao dia, nas classes executiva e económica, com bilhetes a 2 mil kwanzas (14,8 euros) e 200 kwanzas (1,48 euros), respetivamente.
Único a discursar na cerimónia de inauguração, o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, disse que nas próximas duas semanas serão inaugurados os terminais do Mussulo e Macoco, salientando que a primeira fase ficará concluída com a abertura dos terminais de Benfica e Museu da Escravatura, todos a sul de Luanda.
Numa segunda fase, vão entrar em funcionamento os terminais da Corimba, sul de Luanda, e Cacuaco e Panguila, a norte da capital.
Augusto da Silva Tomás referiu que esta nova alternativa de transporte de passageiros traz grandes vantagens para os angolanos e melhora a sua qualidade de vida.
O forte congestionamento de trânsito automóvel em Luanda faz com que a maioria dos habitantes das zonas periféricas da cidade, tenham de sair de casa, dependentemente da sua localização, entre às quatro e cinco horas da manhã, para chegarem a tempo nos seus locais de trabalho.
"Será realmente um contributo para a qualidade de vida de muita gente em Luanda. Estamos hoje apenas a dar um primeiro passo", disse Augusto Tomás.
"Esta alternativa de transporte de passageiro traz grandes vantagens", afirmou o governante angolano, acrescentando que "a ligação entre Cacuaco e o porto de Luanda, que na hora de ponta pode durar mais de duas horas, envolvendo o recurso a diferentes tipos de meios, poderá no futuro ser feito numa única e confortável viagem de barco em cerca de meia hora ou 40 minutos", acrescentou o governante angolano.
O ministro dos Transportes frisou que as autoridades tiveram preocupação em não tornar mais cara a despesa de transporte da população, nesse sentido, anunciou que o Governo vai subsidiar os custos das viagens em cerca de 50 por cento.
Este projeto, segundo Augusto Tomás, vai estender-se a todo o litoral de Angola, nomeadamente nas regiões de Cabinda, Soyo, N'Zeto, Noki, Pedra do Feitiço, Estação da Defa, Ambriz, Barra do Dande, Porto Amboim, Lobito, Benguela e Namibe.
Para uma maior eficiência do projeto e melhorias do trânsito rodoviário na capital angolana, vão entrar em circulação autocarros, táxis e comboios para uma abordagem inter-rural.
"Por exemplo, num futuro próximo, as pessoas poderão chegar de comboio à estação de Baia (no Bungo, próximo do porto de Luanda), e apanhar um barco para se deslocarem por via marítima para o Benfica, ou poderão partir do Museu da Escravatura e chegar de barco ao porto de Luanda e depois apanhar autocarros para a Sagrada Família (centro de Luanda)", referiu o ministro.
DN/AO24
